Com vários países da Europa, como os Países Baixos e a Alemanha, a adotar novamente restrições devido ao aumento de casos de COVID-19, em Portugal a cautela é máxima e a ministra da Saúde, Marta Temido, reconhece que nesta altura "os cenários têm de estar todos em aberto" dada a eminência de uma quinta vaga e novo confinamento.

"Desejamos que não tenhamos de ter essa conversa sobre novos confinamentos, desejamos que numa próxima reunião de peritos possamos ter informação que evidencie que estamos a conseguir controlar a situação", disse a ministra aos jornalistas esta sexta-feira, 12 de novembro, à saída do hospital de Penafiel, no Porto.

No futuro, pode ser tão fácil levar uma vacina contra a COVID-19 como beber um iogurte
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Ao olhar para países como a Alemanha, a ministra está ciente de que pode surgir uma quinta vaga no País, mas mostra-se confiante. "Estamos preparados para responder o melhor possível", segura de que se não houver novas variantes "estaremos seguramente mais protegidos".

O número de pessoas infetadas com COVID-19 em Portugal tem vindo a aumentar — esta sexta-feira registaram-se mais 1.751 novos casos, a maior subida desde 8 de setembro, e três vítimas mortais da doença. O baixo número de mortes estará relacionado com o facto de Portugal ter uma das mais altas taxas de vacinação da Europa, com 88,89% dos portugueses com pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19.

Ainda assim, o processo de vacinação continua, com especial foco na terceira dose para pessoas com 80 ou mais anos através do sistema Casa Aberta, em funcionamento este fim de semana, 13 e 14 de novembro. Já na segunda-feira, 15 de novembro, o reforço será dado aos profissionais de saúde e, posteriormente, a profissionais do setor social e bombeiros, a 27 de novembro, como anunciou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, esta sexta-feira.

O processo por Casa Aberta e autoatendimentos locais pode, no entanto, ter alguns entraves devido à "pressão". "Para a semana vamos ter muita pressão, como já tivemos no passado. É natural que se formem algumas filas, procuraremos melhorar as condições de espera para as pessoas e provavelmente não vai correr tudo bem", referiu Marta Temido.