A rentrée política do PSD aconteceu na passada quarta-feira, 14 de agosto, na Festa do Pontal, em Quarteira. Luís Montenegro fez o tradicional discurso a dar início ao novo ano do partido - desta vez como primeiro-ministro, depois de nos últimos três anos o ter feito como presidente do PSD.

O discurso ficou marcado pelas medidas que vão ser implementadas no País nas próximas semanas, nomeadamente nas áreas da saúde, transporte e pensões. Na sua intervenção, que demorou cerca de meia hora, o chefe do Governo anunciou que, em setembro, será apresentado um plano para um passe ferroviário verde, que pretende “facilitar verdadeiramente a vida dos cidadãos” no que toca à utilização dos transportes públicos, de acordo com a RTP. “Uma das traves-mestras desta Mobilidade Verde é a ferrovia. Vamos decidir a criação de um passe ferroviário de 20 euros mensais que dará acesso a todos os comboios urbanos, regionais e também intercidades”, disse.

Assim, “quem morar em Braga e quiser ir ao Porto ou Aveiro, quem morar em Aveiro e quiser ir a Leiria e a Lisboa, quem morar em Lisboa e quiser ir a Leiria ou Faro” poderá fazê-lo por apenas 20 euros por mês, com a aquisição deste passe específico. 

Além disso, também vai ser distribuído um “suplemento extraordinário” para os idosos com “pensões mais baixas”, segundo a SIC Notícias. Aqui, o valor irá variar entre os 100€ (para quem recebe uma pensão entre os 1018,62€ e os 1527,78€), os 150€ (para quem recebe uma pensão entre os 509,26€ e os 1018,52€) e os 200€ (para quem recebe uma pensão até 509,26€), que serão pagos em outubro. Apesar de não ser algo possível neste momento, Luís Montenegro ainda afirmou que a sua vontade era que este aumento acontecesse todos os anos. 

Por último, na área da saúde, o chefe do Governo afirmou que a prioridade é “formar mais médicos”, pelo que foram criadas mais vagas para o curso de Medicina para “compensar as saídas de médicos do Sistema Nacional de Saúde”, citou a RTP. “Temos de qualificar os nossos trabalhadores e funcionários da administração pública, valorizar as suas carreiras, dar uma perspetiva de que o serviço público pode ser prestado no setor social”, declarou. Além disso, Luís Montenegro esclareceu que quer propor a criação deste curso em Vila Real e em Évora, que a construção de um novo hospital em Lisboa “é para avançar”, e que quer “resolver de vez” a criação do novo hospital central do Algarve.