Quando liga para o 112 a partir de um telemóvel, a localização partilhada com o serviço de emergência é referente à localização da antena mais próxima, o que se pode traduzir em muitos quilómetros de distância.

Como é um dia num call center do 112? Este documentário conta tudo
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Tal como já acontece com os telefones fixos, a partir do próximo ano, quando ligar para o 112 a sua localização exata será partilhada com as centrais operadas pela PSP. O único pormenor é que o telemóvel precisa de ter ligação à internet, avança o “Jornal de Notícias”.

O concurso público para a manutenção e a modernização das centrais do 112 deve ser publicado esta quinta-feira, 21 de julho, em Diário da República.

A nova tecnologia e a manutenção do sistema, até 2027, vai custar 11,5 milhões de euros. Quase metade do valor é pago a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o restante valor será pago nos próximos cinco anos com o Orçamento de Estado.

O novo serviço do 112 vai ajudar casos onde a pessoa em perigo está confusa, não sabe onde está ou mesmo em situações de estado de choque.

Além disto, também será melhorada a aplicação que permite à população surda contactar o 112 por videoconferência. E ainda serão criados sites remotos para a recuperação de dados caso o sistema principal fique inoperacional.

Atualmente, Portugal tem 63 centrais de atendimento, apenas quatro são de nível 1 — para atender chamadas — e as restantes para o despacho de meios. Segundo dados do Ministério da Administração Interna, o tempo médio de atendimento de chamadas do 112 é de seis segundos. José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, acredita que a modernização da linha de emergência vá aproximar os cidadãos do 112.