O Lx Factory, em Alcântara, Lisboa, foi vendido pela KEYS REIM, proprietária do espaço desde 2017, ao grupo familiar português Arié e a empresa de investimento imobiliário Europi Property Group. O negócio foi divulgado em comunicado esta terça-feira, 9 de agosto, pelas empresas envolvidas na venda gerida pela Bedrock Capital, cujo valor não foi divulgado.
Números à parte, importa saber que aquele que é um dos espaços mais cool e icónicos de Lisboa não vai mudar a essência. "A Arié, a Europi e a Bedrock pretendem manter a identidade e património cultural únicos do Lx Factory, o qual continuará a destinar-se a escritórios, retalho e restauração, bem como a manutenção do seu look & feel industrial", afirmam os novos proprietários.
O LxFactory tem mais de 50 lojas, restaurantes, cafés e bares, embora alguns deles, ao fundo do Lx Factory, tiveram de mudar de localização para dentro ou mesmo para fora da fábrica, quando em 2021 os proprietários há época colocaram em marcha um projeto imobiliário, obrigando à demolição de edifícios numa das áreas do Lx Factory. Foi o caso do que acolhia o restaurante Therapist e as lojas Boa Safra e Näz, que tiveram de arranjar uma alternativa.
Agora que está em novas mãos, a única coisa que parece que vai mudar são as estruturas, e para melhor. "Estão a ser desenvolvidos planos para reabilitação gradual dos espaços e introdução de melhorias ao nível das zonas exteriores e da organização do trânsito automóvel", anunciam a Arié, a Europi e a Bedrock no comunicado enviado às redações.
A ideia é que o Lx esteja alinhado com as mudanças que vão ocorrer em Alcântara nos próximos anos, que incluem a criação de escritórios e residenciais, bem como uma escola internacional. Já a fazer parte do plano de regeneração urbana está o Hospital CUF Tejo, que abriu no final de 2020.
"Estamos convictos de que o Lx Factory irá beneficiar de forma muito significativa dos projetos residenciais e de escritórios previstos para esta zona de Alcântara, bem como da melhoria prevista das acessibilidades, como a futura estação de metro e a ponte pedonal que permitirá um acesso direto ao rio", refere João Tenreiro Gonçalves, Executive Partner da Bedrock Capital.
Um dos projetos em vista, a futura estação de metro na zona de Alcântara, ainda vai demorar. Só daqui a quatro anos, em 2026, é que estará pronto o prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara, projeto que vai adicionar quatro estações à linha do Metropolitano de Lisboa: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.
Pode ver aqui como vai ficar.