Um homem e uma mulher com idades inferiores a 40 anos estão reinfectados com COVID-19 e apresentam sintomas, conforme revelado pelo presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, este domingo, 22 de novembro, através do Facebook.
"A autoridade de saúde de Ovar confirmou-me estes dois casos de reinfeção. Estiveram sintomáticos em março, negativaram e agora estão novamente sintomáticos”, diz ao jornal "Público", ", o que será raro”, acrescenta. A situação está já a ser acompanhada e estudada pelas autoridades competentes.
O concelho de Ovar foi castigado na primeira vaga da pandemia com um elevado número de casos, obrigando até à implementação de uma cerca sanitária na região, e agora o número volta a aumentar. "Estamos a chegar a quase 4% da nossa população infetada, o que é um número muito grande", alerta o autarca Salvador Malheiro.
“A grande questão neste momento é que Ovar está rodeado de concelhos onde a pandemia também está descontrolada. Em março, éramos os únicos com contaminação comunitária, agora estamos todos praticamente no mesmo barco", diz o presidente, apontando críticas ao Governo sobre a gestão da pandemia: "Está a gerir tudo na espuma dos dias, sem estratégia e com falta de planeamento”, acrescenta.
Contudo, o presidente da Câmara Municipal de Ovar destaca que no concelho está a ser feito um “rastreio em tempo real”, cerca de 250 testes por dia, permitindo manter a situação “minimamente controlada”. Este domingo surgiram 46 novos casos de COVID-19 e nenhuma morte foi registada em Ovar, município considerado de risco extremo.
As duas novas reinfeções com COVID-19 em Ovar elevam para três os casos conhecidos em Portugal. O primeiro é de uma mulher de 48 anos que testou de novo positivo para a COVID-19 após ter estrado infetada em julho, segundo o jornal "Público" na semana passada.
Quanto ao panorama mundial, os casos de reinfeção também são raros, havendo apenas cinco registados na Bélgica, Países Baixos, Hong Kong, Estados Unidos e Equador, confirmados por estudo científicos.