É a segunda vez que Sandro Bernardo tenta o suicídio desde que foi detido como principal suspeito da morte da filha, Valentina Fonseca, a 6 de maio, em Atouguia da Baleia, Peniche. Esta quarta-feira, o homem, que terá tido como cúmplice no crime a sua mulher, Márcia, madrasta da criança, ingeriu uma mistura de lixívia com detergente, tentando envenenar-se. Fê-lo no interior da sua cela, no estabelecimento prisional da Polícia Judiciária, em Lisboa, revelou a TVI.
A tentativa de suicídio terá decorrido durante o período da noite, mas não teve sucesso. Os agentes perceberam que algo de errado se estava a passar e conseguiram chegar a tempo. Sandro foi encaminhado de urgência para as urgências do Hospital de Santa Maria, onde lhe foi feita uma limpeza ao estômago. Sandro Bernardo ainda ficou em repouso algumas horas e foi transportado de volta à cadeia já por volta das duas da manhã.
Já a 15 de maio, o pai de Valentina Fonseca teve de ser internado no hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter usado a lâmina de barbear para se cortar na zona dos pulsos. Na altura, tal como agora, foi intercetado a tempo e não conseguiu o suicídio. Recorde-se que Sandro Bernardo está em isolamento no estabelecimento prisional da PJ, depois de ter sido já ameaçado por vários reclusos de diferentes estabelecimentos prisionais de vários pontos do País.
Os condenados por crimes contra crianças, sejam homicídios, maus tratos ou abusos sexuais, são, por norma, muito mal recebidos pelos outros presos, e são frequentes as situações de violência nas cadeias contra estes homens. Sandro Bernardo está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado da filha Valentina Fonseca, profanação do cadáver e violência doméstica, já que a autópsia terá provado que a criança esteve aproximadamente 10 horas em sofrimento antes de morrer.