O Patriarcado de Lisboa afastou um sacerdote diocesano de "todas as suas funções", após ter recebido uma denúncia de “um possível crime de violação”, indicou em comunicado, publicado esta segunda-feira, 1 de agosto.

A nota da Igreja esclarece que o caso não envolve menores de idade, tendo em conta "que não se enquadra no âmbito da Comissão de Proteção de Menores". O abuso sexual terá acontecido há poucos dias, durante o mês de julho, e a vítima, que é uma mulher, conhecia o sacerdote há anos, avança o "Público".

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Ainda assim, o caso já foi "comunicado às autoridades civis competentes", esclarece a missiva, acrescentando que a vítima e o sacerdote já foram ouvidos. Portanto, o Patriarcado de Lisboa "decidiu dar início aos procedimentos canónicos previstos para este tipo de casos e afastou o padre de todas as suas funções até ao apuramento dos factos". 

A nota ainda sublinha que o Patriarcado se encontra disponível para colaborar ao máximo com as autoridades competentes, "tendo sempre como prioridade o apuramento da verdade e o acompanhamento das vítimas".

De relembrar que este já não é o primeiro caso de abuso sexual na Igreja portuguesa. O atual Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, teve conhecimento de um caso de abuso sexual de menores, que aconteceu nos anos 90, tendo chegado a encontrar-se com a vítima. No entanto, o cardeal decidiu não denunciar às autoridades competentes o sucedido, porque a vítima, embora só quisesse que os abusos não continuassem, não quis levar o caso a público, avançou o "Observador".