O rabino da Comunidade Israelita do Porto (CIP), um dos responsáveis pela certificação de descendentes sefarditas que permitiu ao oligarca russo Roman Abramovich obter a nacionalidade portuguesa, foi constituído arguido e detido esta quinta-feira, 10 de março, no Porto. Daniel Litvak foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) quando se preparava para viajar para Israel, lê-se na notícia avançada pelo "Público".

A atribuição da nacionalidade portuguesa a Roman Abramovich, em abril do ano passado, ao abrigo da Lei da Nacionalidade para os judeus sefarditas, é um dos casos abrangidos pelo inquérito criminal, que corre termos no Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (MP/DCIAP), escreve o "Jornal de Notícias", que avança ainda que a detenção do líder religioso da Comunidade Judaica do Porto foi precipitada por este ter decidido sair de Portugal.

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Esta sexta-feira, 11, as autoridades policiais estiveram nas instalações da CIP para interrogarem outros membros da direção do organismo, a quem foram atribuídas, em 2015, competências para certificar os descendentes de judeus sefarditas expulsos de Portugal no final do século XV, escreve o "Público".

Ao início da noite, a PJ confirmou, em comunicado, que foram realizadas buscas "domiciliárias e não domiciliárias", nomeadamente ao escritório de um advogado, conduzidas pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e que em causa estão "crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e associação criminosa", cita o mesmo jornal.

De acordo com a PJ, na sequência das buscas, "foi apreendida vasta documentação e outros elementos de prova", que serão agora analisados pelas autoridades e o rabino Daniel Litvak será presente a um primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

Já a CIP reiterou, também em comunicado, a legalidade nos processos de certificação de descendentes de judeus sefarditas, escreve o "Público".

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