Rita Ferreira, 20 anos, e Ana Teixeira, 17 anos, fizeram história este domingo, 4 de julho, ao conquistarem a primeira medalha de ouro para Portugal na modalidade de ginástica acrobática, categoria de pares femininos, no Mundial que se realizou em Genebra, na Suíça.

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Portugal contou com 14 atletas a competir nas categorias de grupo feminino, par masculino, par misto e par feminino e trouxe duas medalhas. Ao somarem 29.120 pontos, as ginastas portuguesas impuseram-se às norte-americanas Emily Davis e Aubrey Rosilier, que ficaram em segundo lugar ao somarem 28.580 pontos, e às russas Diana Korotaeva e Amina Omari, que ficaram em terceiro com 28.520 pontos.

"Nos últimos anos, a ginástica nacional tem vindo a dar cartas em eventos internacionais deste calibre, o que demonstra uma evolução certeira não apenas dos praticantes, mas também dos treinadores e restantes técnicos envolvidos no processo", refere em comunicado a Federação de Ginástica de Portugal, citada pelo "Público".

Além do ouro de Rita Ferreira e Ana Teixeira, Portugal subiu ainda ao terceiro lugar do pódio na final da categoria grupo feminino com as ginastas Bárbara Sequeira, Francisca Maia e Francisca Sampaio Maia.

Rita Ferreira, estudante de Medicina, e Ana Rita Teixeira, aluna do 12º ano, são atletas do Acro Clube da Maia e começaram a praticar a modalidade muito cedo. A mais nova pratica ginástica desde os 9 anos e a mais velha começou aos 6. Rita Ferreira é uma das ginastas mais medalhadas a nível nacional tendo já conquistado o bronze no Mundial como juvenil, em 2014, o ouro nos Europeus juniores, em 2017, e foi ainda campeã do mundo em 2016 e em 2018 como júnior.

Após a vitória, as atletas revelam estar muito contentes com o resultado alcançado. "Estamos muito orgulhosas pelo esquema que apresentámos na final. Correu como queríamos, até porque demos tudo. Treinamos muito e por isso é um orgulho ter conseguido a primeira medalha para Portugal, em seniores, no Campeonato do Mundo, e cumprir o nosso sonho", afirma Rita Ferreira.

"Estou muito feliz por estar aqui, sempre foi um dos meus maiores sonhos, mas ainda não parece realidade. Trabalhámos muito para estar aqui, demos e nosso melhor, e fosse qual fosse o desfecho ia ficar muito feliz", acrescenta Ana Teixeira.