Rui Rio vai manter-se à frente do Partido Social Democrata (PSD). Ainda com cerca de 20 secções por apurar, o político de 64 anos venceu Paulo Rangel, conseguindo reunir 52,66% dos votos contra 47,34% do adversário (dados à publicação deste artigo), apesar do eurodeputado de 53 anos ter chegado a ser considerado favorito para estas eleições internas do PSD. Analisando os resultados, as grandes distritais mantiveram-se fieis a Rui Rio, exceto Lisboa.

Eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro. E se fossem hoje, quem ganhava?
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A partir da sua sede de campanha em Lisboa, Paulo Rangel já reagiu à derrota. "A minha primeira palavra é para felicitar, coisa que já fiz pessoalmente, o Dr. Rui Rio pela vitória nestas eleições internas", começou por dizer nas declarações de derrota, seguindo-se um agradecimento público aos militantes do PSD, considerando estas eleições um resultado da "vitalidade democrata" do partido.

"Foi uma eleição disputada na sua campanha e no próprio resultado, o que demonstra que temos um partido vivo e forte", disse Paulo Rangel, que depois de agradecer a confiança aos seus apoiantes e a quem trabalhou consigo na campanha, manteve o foco principal do discurso na união do PSD.

"A minha mensagem principal é de apelo ao líder eleito [Rui Rio], para que de ambos os lados haja espírito de cooperação e abertura, e que o partido se possa unir", disse o eurodeputado, salientando a necessidade de um "partido unido e em torno do líder". "Da minha parte, existirá uma colaboração efetiva com o partido nesta fase muito importante (...) com um prazo, embora suficiente, exigente", referindo-se às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro de 2022.

Apesar de reconhecer que a sua estratégia para o partido, e que apresentou nestas eleições internas, é diferente da que conseguiu a vitória, Paulo Rangel assumiu a importância das eleições internas.

"Este processo eleitoral interno reforçou a legitimidade do líder do PSD", disse, acrescentando que sempre teve a ideia de que "o líder que saísse vencedor [das eleições internas] e a sua estratégia sairia reforçado" para as legislativas. "Depois de hoje, ninguém terá dúvidas de que eu tinha razão quanto a isso."

Até à data de publicação deste artigo, Rui Rio, agora reeleito presidente do PSD, ainda não reagiu à vitória.