Sofia Aparício foi uma das convidadas desta segunda-feira, 2 de março, do programa “A Tarde é Sua”, da TVI. A ex-modelo e atriz esteve à conversa com Fátima Lopes onde recordou os tempos de manequim e o passado com as drogas.
“Ser manequim foi uma grande parte da minha vida”, começou por dizer. “Mas eu não tenho saudades. Tenho orgulho, sim, olho para trás e fui feliz. Mas foram muitos anos, dos 15 aos 30 e tal”.
“Comecei a fotografar aos 13 anos para o José Carlos, depois aos 15 tirei um curso, porque se tiravam cursos de manequim na altura. A moda era uma coisa completamente diferente do que é hoje em dia. Eu acho muito bem que as manequins vão na passerelle e voltam para trás e vê-se a roupa, para mim está ótimo. Mas nos anos 80, princípios de 90, ser manequim implicava ter coreografias nos desfiles, tínhamos de saber tirar uma luva, tirar um blazer, vestir um blazer”, recordou. “Havia uma série de técnicas que tínhamos de aprender”.
A ex-modelo de 49 anos explicou também a Fátima Lopes que o facto de ter decidido ser manequim lhe trouxe uma certa liberdade – algo que é inerente à sua pessoa. “Ser manequim deu-me independência, liberdade de escolha. E eu acho que foi nessa fase que começou a ser mais difícil para a minha família, mas não existe família nenhum onde não existam conflitos. Faz parte do crescimento dos pais e dos filhos”.
Outro assunto que também não ficou esquecido foi o passado ligado às drogas. “Eu sei que nunca vou conseguir esclarecer isto, mas vou tentar mais uma vez”, disse Aparício quando introduziu o tema. “Eu consumi drogas para me divertir, nunca fui toxicodependente, nunca fiz uma cura de desintoxicação. Mas não sei se, por ter assumido isto há tantos anos atrás, onde ainda ninguém falava, se por ser mulher. A imagem que as pessoas têm de mim, quem não me conhece, ou o público quando pensa em mim ou vê uma entrevista minha, acha que fui uma grande drogada”.
“Para além de ser muito redutor falar apenas disso quando falam na minha vida, é realmente uma parte muito pequena da minha vida”, continuou. “Às vezes acho um bocado injusto. Há pessoas que vêm para a televisão a assumir que são foram toxicodependentes e que fizeram curas de desintoxicação e são heróis nacionais. Eu que nunca fiz nenhuma cura de desintoxicação sou a ovelha negra”.