Se as eleições legislativas fossem votadas neste contexto atual, o Partido Socialista (PS) de António Costa sairia vencedor, ainda que registando uma queda de 3.3 pontos percentuais face às projeções eleitorais anteriores. O Chega, de André Ventura, firmar-se-ia como a terceira força política em Portugal — deixando para trás o Bloco de Esquerda (BE).

São estas as conclusões do mais recente barómetro da Intercampus realizado para o "Correio da Manhã"/CMTV e "Jornal de Negócios", publicado esta segunda-feira, 21 de junho, nos respetivos jornais. As conclusões resultam de um trabalho realizado entre 8 e 16 de junho, o que significa que os dados acompanham o aumento exponencial de número de casos de infeção por COVID-19 em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo.

Nesta sondagem, o partido de André Ventura sai reforçado 10.1% de intenções de voto quando, em maio, registava apenas 8.3%. Este reforço deixa para trás o BE de Catarina Martins que, apesar disso, cresceu nas intenções de voto de maio para junho (tinha 8.3% e, nesta nova sondagem, passa para 8.9%). Ainda que as sondagens pareçam ser favoráveis a André Ventura, deputado continua com nota negativa na avaliação dada pelos portugueses ao registar apenas um valor de 2.0 (numa escala de 1 a 5). António Costa também desce nesta avaliação (passando de 3.3 para 3.1).

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O PS, que em maio registava 37,9% de intenções de voto, cai em junho para 34.6%. Atrás de si está o Partido Social Democrata (PSD), de Rui Rio que cresce ligeiramente nas intenções de voto ao registar 22.4% (quando em maio tinha 21.7%).

Quem cresce também é a Iniciativa Liberal (IL), liderada por João Cotrim Figueiredo, que em maio não passava de 4.2% nas intenções de voto. Neste novo barómetro, no entanto, o crescimento é de cerca de 2.3% com a IL a registar 6.4% — suplantando a CDU composta pelo Partido Comunista e Os Verdes (que, juntos, somam apenas 6%). O Livre, que em maio registava 1.3% nas intenções de voto, cai para 0.6% em junho. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) também cresce (de 4.8% em maio para 5.2% em junho), ficando à frente do CDS-PP que sobe ligeiramente (de 2.9% para 3.1%).

As pessoas inquiridas para esta sondagem foram ainda conduzidas a eleger aqueles que consideravam ser os piores e os melhores ministros.

Marta Temido, ministra da Saúde, foi considerada a ministra mais popular por 25.2% dos participantes, enquanto Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, foi considerado o pior ministro por 30.6% dos inquiridos.