A partir de junho, a vacinação de todas as pessoas maiores de 40 e 30 anos vai começar ao mesmo tempo em todo o País, esclareceu esta terça-feira, 25 de maio, Henrique Gouveia e Melo, coordenador e responsável da equipa de trabalhos que visa implementar o plano de vacinação em todo o território nacional.

O esclarecimento surge no mesmo dia em que, pela tarde, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, explicou que esta aceleração da vacinação seria exclusiva à região de Lisboa e Vale do Tejo, local onde, atualmente, o número de incidência em termos de contágios preocupa as autoridades de saúde.

As datas são as seguintes: a partir 6 de junho, começam a ser vacinadas todas as pessoas com mais de 40 anos. A 20 de junho, arranca o processo de vacinação para todas as pessoas com mais de 30 anos."A minha visão é do País e não da região A, B ou C. Estas são datas indicativas de planeamento para todo o continente", assegura Gouveia e Melo, falando num plano que vai ser implementado à escala "nacional".

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"O nosso plano é nacional e estamos a recuperar as regiões [percentualmente] mais atrasadas e isto também vai incluir o norte. A ideia é ter sempre as regiões equilibradas porque é o mais justo. Quando se fala em acelerar, é dar mais vacinas, mas mantendo a mesma programação etária", explicou, segundo escreve o jornal "Público".

Espera-se que esta nova fase de vacinação, que passará a contemplar pessoas com mais de 30 e 40 anos, coincida com a vacinação de uma parte da população com idades acima dos 50. Na segunda-feira, 24, Diogo Serra Lopes, secretário de estado da Saúde, revelou que o autoagendamento de tomas de vacinas para maiores de 50 anos "está por dias".

"Não tenho ainda uma data específica. Acho possível [que seja ainda esta semana], mas, se não for, é uma questão de dias. Parece-me bastante evidente, até porque a vacinação está a decorrer a um ritmo bastante acelerado. Não há nenhuma razão para que esse ritmo desacelere a partir de agora, embora exista alguma prevalência de segundas doses que diminui a capacidade de primeiras doses", revelou, segundo escreve o "Jornal de Negócios".

Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais 375 novos casos de infeção por COVID-19, três mortes e mais de 600 recuperações. A região de Lisboa e Vale do Tejo é a zona onde se regista o maior crescimento em novas infeções.