Na reunião que decorre esta terça-feira, 23 de março, no Infarmed, os especialistas traçam a evolução do surto da COVID-19 no País, numa altura em que já está em marcha o plano de desconfinamento traçado e proposto pelo governo de António Costa. O primeiro a falar foi André Peralta, da Direção-Geral da Saúde (DGS), que reforçou a tendência decrescente do número de casos de infeção em todo o País.
Considerando que "houve uma diminuição generalizada de incidência cumulativa por todo o território", há, atualmente, poucos concelhos que registem mais de 120 casos de infeção por COVID-19 por cada 100 mil habitantes. Foi esta a linha vermelha estabelecida pelo governo que, uma vez transporta, servirá para pôr um travão no plano de desconfinamento atualmente em vigor.
No que toca à incidência de contágios, o especialista diz que ao contrário do que acontecia na fase inicial da pandemia, a incidência está agora na população ativa e não nas pessoas mais velhas.
E mesmo os internamentos em unidades de cuidados intensivos estão em queda, registando, atualmente, menos de 245 camas em utilização.
A repetir-se um cenário de janeiro, em que o País foi obrigado a fechar como consequência do aligeirar das medidas no Natal, a população com idades compreendidas entre os 40 e 60 anos é mais do que suficiente para ultrapassar o indicador de segurança de mais de 245 camas ocupadas nestas unidades.
Nesse sentido, conclui que "para estarmos completamente seguros, a faixa etária a vacinar terá de ir até estas idades."