A novela continua. Depois de ser processado por Blake Lively, fruto de alegações de assédio sexual e difamação nas filmagens de "Isto Acaba Aqui", Justin Baldoni volta a atacar. O ator, que já tinha interposto um processo milionário ao "The New York Times", defendendo que a publicação tinha feito uma "cobertura enviesada" dos factos, acaba de processar a atriz.
Esta quinta-feira, 16 de janeiro, o artista fez uma queixa por difamação e extorsão contra Blake Lively, negando todas as acusações de assédio que lhe foram imputadas. A par disso, exige 400 milhões de dólares (mais de 388 milhões de dólares) de indemnização – mais 150 milhões de dólares (cerca de 145 milhões de euros) do que o valor que pediu à publicação norte-americana, no âmbito do processo instaurado no início deste mês.
De acordo com o advogado de Baldoni, Bryan Freedman, o processo tem por base uma "quantidade esmagadora de provas autênticas que detalham a tentativa de Blake Lively e da sua equipa de destruir Justin Baldoni, a sua equipa e as respetivas empresas, através da divulgação de informações arranjadas de forma grosseira, não fundamentadas e adulteradas aos meios de comunicação social", lê-se no "The Guardian".
"Blake Lively roubou o filme da Wayfarer [produtora do ator, que também teve mão na realização do filme], roubou a estreia da Wayfarer, destruiu a reputação pessoal e profissional dos queixosos e o seu estilo de vida, e tinha como objetivo levá-los à falência", lê-se no processo, que inclui a publicist do artista, Jennifer Abel, bem como Melissa Nathan, uma especialista em relações públicas, e Jamey Heath, um amigo do mesmo.
Mas o que é isto de "roubar a estreia"? Bem, de acordo com o documento, este terá sido obrigado a ver a estreia de "Isto Acaba Aqui", que aconteceu a 6 de agosto de 2024, numa cave. As imagens desse dia andam a circular na imprensa, como no "E! Online", nas quais se podem ver a mulher do ator, Emily Baldoni, e outros membros da família sentados à volta de uma mesa vermelha num espaço sem janelas, acompanhados de vários baldes de pipocas e garrafas de Coca-Cola.
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Segundo a mesma publicação, o ator e os seus convidados foram "conduzidos" para o interior do AMC Lincoln Square, em Nova Iorque, onde a estreia aconteceu, e posteriormente "retidos" na cave para "evitar qualquer hipótese de interação com Blake Lively ou os seus convidados" assim que ela chegasse à passadeira vermelha, lê-se na mesma publicação, deixando implícito que, por causa da colega de elenco, "uma das noites mais importantes da carreira" do ator foi arruinada.
"Esta é uma batalha que ela não vencerá e da qual certamente se arrependerá", lê-se no processo, que explica que ou a atriz foi "enganada pela sua equipa ou, intencional e conscientemente, deturpou a verdade". "Não vamos esquecer que a Sra. Lively e a sua equipa tentaram destruir reputações por razões hediondas e egoístas através de uma manipulação perigosa nos media mesmo antes de ser tomada qualquer ação legal", remata o documento.
Em dezembro, o "The New York Times" revelou que Blake Lively, conhecida por dar vida a Serena van der Woodsen em "Gossip Girl", tinha apresentado uma queixa contra Justin Baldoni e o produtor Jamey Health por comportamentos e comentários inadequados, nomeadamente de natureza sexual, durante as filmagens de "Isto Acaba Aqui", inspirado no romance homónimo de Colleen Hoover. A par disto, acusou-o de ter lançado uma campanha de difamação, com a ajuda de uma agência de gestão de crises, para manchar a sua reputação.