O caso judicial que prometia abalar Hollywood teve um desfecho inesperado. Justin Baldoni viu rejeitada a sua ação de 400 milhões de dólares (cerca de 350 milhões de euros) contra Blake Lively e o jornal "The New York Times". O ator e realizador acusava ambos de difamação, na sequência de uma denúncia por assédio sexual feita pela atriz durante as filmagens do filme "Isto Acaba Aqui".

Tudo começou em dezembro, quando a publicação revelou que a atriz tinha apresentado uma queixa contra o colega e o produtor Jamey Heath. Na denúncia, alegava que este teria feito comentários inadequados sobre a sua vida sexual e tentado alterar o guião para incluir cenas de sexo que não estavam previstas. Já Heath teria olhado para Lively enquanto esta se encontrava em topless.

A queixa acusava ainda o ator de lançar uma campanha de relações públicas com o objetivo de prejudicar a reputação da atriz. Na altura, o estúdio Wayfarer, responsável pelo filme, negou qualquer retaliação, dizendo que as acusações imputadas por Blake Lively eram "completamente falsas, ultrajantes e intencionalmente obscenas", de acordo com o advogado Bryan Freedman.

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Em janeiro, Justin Baldoni respondeu com um processo contra a artista, o seu marido, Ryan Reynolds, e o próprio jornal, alegando que o artigo publicado em dezembro era difamatório. No entanto, o juiz Lewis Liman, do Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, indeferiu o processo esta segunda-feira, 9 de junho, alegando que o "Times" se limitou a relatar a queixa original apresentada por Blake Lively.

O juiz rejeitou também a acusação de que a artista teria tentado controlar o filme e a sua promoção através das redes sociais – nomeadamente com a sua conta de Instagram, que soma mais de 43 milhões de seguidores – assim como a alegação de que Ryan Reynolds teria descrito Baldoni como um predador sexual.

A equipa jurídica de Blake Lively não perdeu tempo a reagir. Em declarações à imprensa norte-americana, os advogados da atriz descreveram este desfecho como uma “vitória total” sobre o que consideram ser um “processo retaliatório”. Já os representantes de Justin Baldoni não prestaram declarações até ao momento.