O Carnaval pode estar a umas semanas de distância, mas há locais em que a folia já se faz sentir. É o caso do Brasil, onde celebridades como Paolla Oliveira, Sabrina Sato e Anitta têm andado a partilhar fotografias das suas fantasias, com as quais já têm saído à rua, e os seguidores estão a ser levados à loucura.

As famosas estão a preparar-se para os dias 10, 11, 12 e 13 de fevereiro, que é quando tudo acontece pelo país fora – e quando vão pôr à prova os seus dotes de rainhas de bateria (já lá vamos). Com muito música, festa, brilho, energia e samba no pé, os desfiles nas avenidas ou os blocos de rua já estão a ser preparados com toda a pompa e circunstância.

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Sabrina Sato é rainha de bateria das escolas de samba Gaviões da Fiel e Unidos de Vila Isabel. A apresentadora desfila por ambas há vários anos e este ano o cenário não muda de figura. Já a conhecida atriz Paolla Oliveira é rainha de bateria da Grande Rio e Thelma Assis Machado veste a camisola da escola de samba Mocidade Alegre, de São Paulo.

Erika Januza, apresentadora e modelo, é rainha da bateria da Unidos da Viradouro, papel que desempenha desde novembro de 2021. A cantora Lexa será, pelo quarto ano consecutivo, rainha de bateria da Unidos da Tijuca, escola de samba do Rio de Janeiro, além de contar com o seu próprio bloco de Carnaval.

O mesmo acontece com outra cantora bem conhecida internacionalmente. Estamos a falar de Anitta, que, apesar de não desfilar por nenhuma escola de samba, estará a apresentar o seu próprio bloco carnavalesco, intitulado Ensaios de Anitta, que acontece sempre nos dias que antecedem o Carnaval.

Veja os looks.

Mas, afinal, o que é isto de ser rainha de bateria?

A bateria das escolas de samba diz respeito à ala responsável por conduzir o espetáculo musical que esse mesmo estabelecimento vai levar a cabo no Carnaval. Já a figura da rainha de bateria é essencial para fazer a comunicação entre a bateria e o público fluir durante os desfiles, segundo o site do "Brasil Escola".

Esta tradição remonta à década de 70, depois de as mulheres começarem a popularizar-se à frente das baterias, em detrimento dos homens, que também as conduziam até então. Nesta altura, as rainhas de bateria eram pessoas da comunidade, algo que veio a mudar nos tempos que se seguiram.

A partir de meados da década seguinte, as escolas de samba começaram a procurar famosos, como atrizes e modelos, para assumir esta função. A atriz e ex-modelo Adele Fátima foi a primeira rainha de bateria a destacar-se, a quem se juntou a apresentadora e ex-modelo Monique Evans, avança o mesmo site.

O título só se tornou oficial em 2000, mas as funções de quem o detém sempre foram as mesmas: abrir caminho à frente dos músicos durante todo o desfile, auxiliando o mestre de bateria na cadência do som. Além disso, a rainha deve atrair a atenção dos presentes com simpatia e beleza, incentivando o público a dançar e cantar com entusiasmo.

Mas nem só de deixar o ambiente mais animado se faz o papel da rainha. A sua figura também traz notoriedade mediática à escola pela qual foi escolhida e, claro, ajuda a impressionar os juízes que pontuam o desfile para a escolha da melhor agremiação do Carnaval.

A par do título de rainha, existem mais dois de igual destaque: musa e madrinha. A primeira desfila em cima dos carros alegóricos e as escolas de samba podem ter mais do que uma, de acordo com o "UOL". Uma musa é reconhecida como tal devido às ações benéficas que presta à escola a que pertence.

Já a última é alguém que amadrinhou um setor da escola (ala, bateria, passistas) ou toda o estabelecimento em si. A par disto, as suas funções assemelham-se às da rainha, já que também acompanha a bateria e interage com o público, acrescenta a "Folha Londrina".