Cristina Ferreira contou como se prepara para apresentar o “Big Brother”, que estreou no domingo, 10 de setembro, comentou toda a polémica à volta da sua renovação de contrato com a TVI e falou sobre a relação com José Eduardo Moniz, diretor-geral da TVI, numa entrevista à revista “TV 7 Dias” publicada este sábado.
A apresentadora que está a conduzir o reality show da TVI contou que tem “muita pena de não fazer aquela fase de casting em que os concorrentes estão uma hora à conversa” com a equipa e que não o faz para que estes não se sintam “mais nervosos”. Contudo, Cristina Ferreira entra “na fase em que as gravações existem, com a equipa da Endemol, com a própria Lurdes [Guerreiro]”, e ainda apanha “a fase das 100 pessoas, depois 50 até chegar às finais”.
Para a diretora de Entretenimento e Ficção da TVI, a preparação para apresentar o programa “é muito simples”. “Quando o formato está no ar, eu chego a casa e a televisão é ligada no reality. Eu recebo os relatórios todos os dias, nós vamos recebendo informações a qualquer instante e vídeos, eu preparo os diários, portanto eu vivo ‘Big Brother’ quase 24 horas por dia quando apresento”, explicou, acrescentando que o “trabalho de bastidores” do programa “leva à exaustão ao fim daqueles meses”.
Quando perguntado como consegue conciliar tudo na sua vida, Cristina Ferreira afirmou que faz “muito bem a gestão de agenda”. “Comigo as pessoas não se atrasam, as reuniões não se estendem para lá do tempo necessário e sou mesmo muito, muito organizada e metódica”, contou, acrescentando que “raramente” chega a casa “depois das 19 horas” e que “todos os dias” está na TVI às 8 horas.
Cristina Ferreira completou 20 anos de carreira a 31 de agosto deste ano. Depois de tantos anos a fazer televisão e diretos, a apresentadora revela que já não sente nervos, mas sim “adrenalina”, em “estreias de projetos”, em casos como o de Bruno de carvalho, que foi acusado de violência doméstica contra Liliana Almeida no “Big Brother Famosos 1”, por saber que “qualquer palavra que dissesse poderia ter algum efeito”, “quando é preciso dançar”, se tiver uma entrevista difícil a alguém ou se tiver uma história que sabe que vai mexer consigo.
Antes de Cristina Ferreira renovar o contrato com a TVI e acumular funções, nomeadamente a de administradora executiva da Media Capital Digital, muito se especulou sobre o assunto. “Eu deixei que as pessoas falassem. Eu era a única que sabia o que realmente estava a acontecer, eu e as pessoas mais próximas. Chegou a uma determinada altura em que deixou-me triste a alegria de algumas pessoas de que me pudesse correr mal. Mas isso acontece comigo ou com qualquer pessoa”, começou por dizer.
A apresentadora sente que agora, as pessoas perceberam todas as suas escolhas. “Acho que legitimaram o facto de eu ter vindo [da SIC para a TVI], ter feito este caminho, de ter tentado trabalhar para chegar aqui, e isso foi bom de perceber”, continuou. A diretora de Entretenimento e Ficção da TVI percebeu isso, devido a todas as mensagens “de ‘tiro o chapéu’” que recebeu.
“[As pessoas] Não gostaram da novela toda que foi feita, mas no fim perceberam que eu saí com a mesma felicidade e com o mesmo brilho nos olhos de sempre. E, isso é bom de sentir, já passei, nos últimos três anos, pelas fases todas, da agressão ao amor, ao carinho. Eu estou preparada para tudo o que possa acontecer. Já vivi tudo”, explicou.
Cristina Ferreira também esclareceu o facto de Mário Ferreira, presidente da Media Capital, ter dito na festa da TVI que era preciso um entendimento entre a apresentadora e José Eduardo Moniz. “É preciso um entendimento entre todos os que trabalham na TVI. Não existimos só os dois. O José Eduardo é diretor-geral, eu sou a diretora de Entretenimento, tenho outras funções, mas há um respeito hierárquico que é óbvio que tem de existir”, começou por dizer.
“É muito natural que não tenhamos muitas vezes ideias similares, temos idades diferentes, histórias na televisão diferentes, às vezes temos formas diferentes de ver as coisas, temos é sempre de chegar a um consenso”, continuou. “Quando estamos em locais de liderança é óbvio que somos nós, no fim, que temos de tomar a decisão. E depois essas decisões são-nos responsabilizadas. Eu gosto é muito de ser responsável por aquilo que faço”, concluiu.