Depois de ter marcado presença na cerimónia dos Grammys, este domingo, 5 de fevereiro, o público ficou espantado com o rosto de Madonna. Isto porque a cara da artista de 64 anos, que vai passar por Portugal duas vezes este ano, está bastante diferente daquela que fomos habituados a ver, tendo suscitado uma onda de comentários nas redes sociais (da qual não gostou particularmente).
Durante o discurso que a cantora fez, no qual apresentava Sam Smith e Kim Petras, a dupla que ganhou a Melhor Performance Pop de Duo/Grupo com o êxito "Unholy", os espectadores recorreram às redes sociais para comentar a aparência da cantora. Entre muitas coisas, foi dito que a artista mal mexia à cara, que a sua forma facial estava diferente, assim como os lábios e as bochechas, que evidenciavam um volume exagerado.
Esta terça-feira, 7 de fevereiro, Madonna acabou por defender-se. Numa publicação no seu Instagram, em que filmou uma grande parte dos bastidores da cerimónia, em que houve beijos e outros gestos de cariz sexual à mistura, escreveu uma longa legenda, na qual culpava o fotógrafo pelo facto de a sua cara parecer diferente.
"Em vez de se focarem no que eu disse no meu discurso, que serviu para agradecer a coragem de artistas como o Sam [Smith] e a Kim Petras, muitas pessoas preferiram falar apenas das fotografias que foram tiradas ao longe por um fotógrafo, que deixariam a cara de qualquer pessoa distorcida", começou por explicar a cantora.
"Mais uma vez sou apanhada pelo idadismo [discriminação em função da idade] e pela misoginia que permeiam o mundo em que vivemos. Um mundo que se recusa a celebrar as mulheres quando passam dos 45 anos e que sente a necessidade de castigá-las por continuarem a ter força de vontade, por serem trabalhadoras e aventureiras", frisou Madonna.
"Nunca pedi desculpa por nenhuma das escolhas criativas que fiz, nem pela minha aparência ou roupa e não é agora que vou começar", explicitou. "Fui degradada pela imprensa desde o início da minha carreira, mas entendo que tudo isto é um teste e estou feliz por ser pioneira para que todas as mulheres depois de mim possam ter uma vida mais fácil nos próximos anos", rematou a cantora, prometendo que continuará a sua missão de "quebrar mais barreiras" na "luta contra o patriarcado".