
Ingrid Guimarães, atriz e humorista brasileira de 52 anos, conhecida como um dos maiores nomes do cinema brasileiro, está no meio de uma polémica desde esta segunda-feira, 10 de março, depois de se revoltar com uma situação que lhe aconteceu enquanto voava de Nova Iorque para o Rio de Janeiro. Em causa está o facto de a equipa de comissários de bordo da companhia aérea American Airlines ter obrigado a atriz a ceder o seu lugar a outra pessoa, sem lhe explicar o porquê, e de ter feito com que todas as pessoas presentes no voo entendessem que Ingrid Guimarães era a culpada na situação. A companhia já respondeu.
Veja o vídeo.
"Eu vim aqui contar para vocês uma situação muito desagradável, digamos abusiva, que eu vivi na American Airlines", começou por dizer a humorista no seu Instagram. “Comprei um assento na Premium Economy, que para quem não sabe é uma classe que tem entre a Económica e a Executiva, e, quando já estava sentada com o cinto colocado pronta para voar, veio um funcionário e me disse o seguinte: 'você vai ter de sair, você foi escolhida para sair daqui e ir para a económica porque uma pessoa quebrou uma cadeira da executiva e essa pessoa vai ocupar o seu lugar", explicou a atriz.
Revoltada, Ingrid Guimarães continuou a história, explicando que não tinha percebido o porquê de ser ela. "Porque isso é uma regra e você foi a escolhida", foi o que responderam à atriz. "Eu falei que não tinha de ir, comprei o lugar e vou ficar aqui. E aí ele chamou outra pessoa e disse a seguinte frase: 'se você não sair daqui você nunca mais viaja de American Airlines". Chocada, a humorista respondeu que tinha outras companhias com que podia viajar, e a equipa ficou "muito chateada" com a situação. "Se você não sair do seu lugar, todos vão ter que descer do voo por sua causa", disseram-lhe, acrescentando ainda que Ingrid Guimarães ia descer "por bem ou por mal".
A atriz explicou ainda que a irmã e o cunhado, também presentes no voo, tentaram ajudar na situação, mas que uma das hospedeiras de bordo disse que não tinha pedido a opinião dos dois. "Quando eu disse que não ia sair, eles anunciaram no microfone que o voo não ia sair, para todo o mundo levantar, porque uma passageira não estava colaborando. Eles me colocaram contra o voo inteiro", confessou, acrescentando que a equipa tinha apontado diretamente para ela e que os passageiros começaram a ficar chateados. "Diante desse constrangimento público, saí do meu lugar e fui para um que não era o meu", disse.
"Eu vivi uma situação abusiva e injusta (...). Quando falei com o comissário brasileiro a perguntar o porquê de ter sido eu a escolhida, ele disse que podiam ser várias coisas, como a tarifa mais baixa ou então uma mulher viajando sozinha. Uma mulher que não tenha um homem ao lado para gritar e se impor. Eu cheguei no Dia Internacional da Mulher. Isso chega?", rematou Ingrid Guimarães.
Após a publicação do vídeo, vários brasileiros revoltaram-se com a companhia aérea, segundo a "Metrópoles", dizendo que tinha sido uma boa forma de "desejar o Dia da Mulher" a uma mulher brasileira, e que agora já não era uma questão "de uma mulher sozinha, e sim do povo brasileiro". Mais tarde, ainda durante o dia 10, a American Airlines respondeu ao pedido de resposta do jornal brasileiro, explicando que "um membro da equipa está entrando em contato com um cliente para entender mais sobre sua experiência e resolver a questão”.