
Irma partilhou esta quarta-feira, 21 de abril, no seu Instagram uma publicação com uma série de fotos, na qual se via o seu irmão, Marcelo Monteiro, ensanguentado. Na descrição, a cantora fez uma denuncia de uma alegada agressão “sem qualquer razão” por parte do corpo de intervenção da PSP durante os festejos da vitória do Sporting.
“No sábado, o meu irmão foi festejar a vitória do Sporting e foi espancado pelo corpo de intervenção sem qualquer razão. Este lugar da segurança pública ser alicerçada com violência fica muito difícil de compreender. Vou repetir: o Marcelo, de 25 anos, levou com o bastão de um polícia na boca, rebentaram-lhe o lábio, arrancaram-lhe um dente (por acaso acertaram na boca porque se tivessem acertado no olho estaria cego como o rapaz que estava ao lado dele ficou) e ainda lhe deram um tiro de borracha no peito”, começou por explicar a cantora.
“O meu irmão é tão bom que me disse no dia seguinte: devia ser benfiquista e estava zangado. Não, ele não era benfiquista, ele era mau. Estamos a tentar encontrar luz onde não existe porque o mundo está mesmo virado do avesso, mas temos que chamar as coisas pelos nomes. Existem pessoas boas e existem pessoas más; existem pessoas a tentar salvar o mundo e existem fachos; existem pessoas altruístas e empáticas e existem narcisistas e egotistas; existem pessoas sãs e pessoas doídas. Só não existe razão para espancar alguém sem qualquer motivo”, continuou.
Uma das imagens partilhadas na publicação é um screenshot de uma mensagem que Marcelo lhe enviou, na qual explica o ocorrido. “À medida que o autocarro se aproximava de nós, o corpo de intervenção também avançava mantendo sempre a distância, mas evitando que os adeptos chegassem perto do autocarro”, começou por explicar à irmã.
“Como eu estava na fila da frente, do nada levei um kick na barrida e assim caio ao chão, levo com uma bastonada na boca, e aí começaram a cair em cima de mim com imensos pontapés no tronco”, acrescentou, ao explicar que, quando se levanta, leva com uma bala de borracha no peito e que foi nessa altura que se apercebeu que estava cheio de sangue na boca, nas mãos e na camisola.