Acusado de uma panóplia de crimes sexuais e tráfico humano, o rapper Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy ou Puff Daddy, vai começar a ser julgado. O artista apresentou-se esta quinta-feira, 10 de outubro, no tribunal federal de Manhattan, em Nova Iorque, no qual o juiz de instrução decretou que o início do julgamento está marcado para 5 de maio de 2025.

Isto aconteceu um dia após lhe ter sido recusada, pela terceira vez, a liberdade sob fiança, diz a CNN. Agora, enquanto espera pelo julgamento, vai continuar no Centro de Detenção Metropolitano de Brooklyn e, caso seja condenado por três crimes, pode apanhar uma pena mínima de 15 anos, que chegar a prisão perpétua, se lhe for aplicada a pena máxima.

Sean Combs vai ser julgado por crime organizado, tráfico sexual e tráfico humano, dos quais se continua a descartar, reclamando a sua inocência. O julgamento deverá durar um mês, embora a justiça norte-americana admita eventuais atrasos, devido a possíveis novas acusações contra o rapper e produtor.

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A acusação alega que o magnata coagiu e abusou de mulheres durante anos, com a ajuda de uma rede de associados e funcionários e que conseguiu manter tudo em segredo, fruto de chantagem e atos violentos, incluindo raptos, incêndios criminosos e espancamentos físicos, para impedir as vítimas de se manifestarem.

Diddy organizava várias maratonas sexuais em hotéis de luxo, que foram apelidadas "freak-off parties". Estas seriam filmadas não só para seu entretenimento posterior, mas também para chantagear os participantes. Nestes eventos, o abuso de drogas era recorrente, e quaisquer danos que os quartos pudessem ter eram encobertos pelo rapper e produtor.

No início do mês de outubro, uma conferência de imprensa revelou que 120 alegadas vítimas iriam reportar ter sido sexualmente agredidas pelo rapper. Entre elas estão incluídos 60 homens e 60 mulheres, 25 delas eram menores quando os abusos ocorreram, sendo que a mais nova teria apenas 9 anos. As denúncias vão desde 1991 até este ano, segundo o "Daily Mail".