Laura Figueiredo foi a mais recente convidada do podcast “N’A Caravana”, conduzido por Rita Ferro Alvim. A apresentadora falou sobre a perda do irmão, Mário, que morreu dois anos antes de Sara Carreira. A irmã mais nova de Mickael Carreira perdeu a vida num acidente de viação a 5 de dezembro de 2020 na A1.

Mário morreu “da mesma forma” que a cantora, ou seja, também num acidente de viação. “Tudo isso foi duríssimo”, garantiu Laura Figueiredo. “O meu irmão é a minha segunda perda. Tinha perdido o meu pai e depois perdi o meu irmão. São dores diferentes, mas são perdas. E de alguma forma eu já sabia onde é que aquilo estava e a Bia era muito pequena e precisava muito de mim, o que foi a minha sorte”, continuou.

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Após a morte do irmão, a apresentadora não conseguiu ir ao Brasil, país em que nasceu e onde vivia Mário, “por várias questões”, e referiu que como “o Mickael nunca tinha perdido ninguém”, “não esteve” tão presente.

Laura Figueiredo destaca ainda que, apesar de ter sofrido quando Sara Carreira morreu, nada se compara ao que os pais, Tony Carreira e Fernanda Antunes, passaram. “Eu acho que quando tu vês uma mãe, um pai, a passarem por isso, tudo aquilo que tu podes sentir ou ter sentido tornam-se em nada”, garantiu a apresentadora.

“É o mais errado. O mais injusto que pode acontecer é um pai ou uma mãe perderem um filho, na minha opinião, na minha conceção de dor. É uma dor que eu não consigo imaginar. Eu só de imaginar esse lugar fico em pânico”, disse. “Ele [Mickael Carreira] foi descobrir pela primeira vez uma perda, de uma violência brutal, debaixo do olhar público. As pessoas foram maravilhosas, mas ao mesmo tempo, sempre que nós saíamos à rua, era um ‘sinto muito’, era tudo aquilo que as pessoas sentiam necessidade de dizer e diziam com todo o amor, mas era violento. Foi de uma violência brutal”, explicou.

Após a morte de Sara Carreira, o casal ficou mais próximo. “Acho que fez com que ele percebesse tudo o que eu já tinha passado que ele não entendia até à data. Por isso eu te digo, quando eu perdi o meu irmão eu não tive tanto o apoio do Mickael, porque ele não entendia aquele lugar. Ele ainda não tinha passado por isso. Hoje em dia, ele é muito diferente. E, lá está, uma pessoa melhor provavelmente”, afirmou.

Laura Figueiredo considerava Sara “alguém muito especial” e que só alguém como a cantora conseguia “deixar tanta luz para trás quando se fala dela”, mesmo da “forma trágica que foi”.