Mafalda Castro recorreu ao Instagram esta segunda-feira, 18 de dezembro, para partilhar uma situação que envolveu a mãe, Alexandra Castro, e que a deixou indignada. A mãe da apresentadora sofre de esclerose múltipla, uma doença neurológica crónica e autoimune, que não tem cura e é degenerativa, há vários anos.
“Acabei de receber um telefonema da minha mãe e não consigo não vir aqui dizer alguma coisa, porque as redes sociais também servem para isso. (...) Basicamente recebi um telefonema da minha mãe a dizer que saiu agora do Hospital de Cascais e que não há um único médico em Neurologia disponível para acompanhá-la no Hospital de Cascais”, expôs.
“Eu já falei várias vezes, a minha mãe tem esclerose múltipla, há sete anos que é seguida no Serviço Nacional de Saúde, como deveria ser obviamente. É uma doença autoimune, degenerativa, portanto ela precisa não só de medicação, mas também de ser seguida pelo neurologista que não há no Hospital de Cascais”, explicou.
Mafalda Castro afirmou que “não sabem o que é que vão fazer” e “não sabem se há algum médico para poder acompanhá-la”. “Portanto, se a minha mãe tiver alguma urgência, ou qualquer pessoa com esta doença ou outra doença neurológica não poderá ser acompanhada nem sequer em urgências no Hospital de Cascais. Nós sabemos, obviamente, o estado do Sistema Nacional de Saúde, isto é só mais uma [situação]”, continuou.
A apresentadora explicou que “os médicos saíram e foram para hospitais privados, como era de esperar”. “Sabemos todos o estado do SNS, portanto, nada de novo nestes dias, infelizmente, só que não há sequer nenhuma previsão de quando é que isto pode ter alguma solução, se vai ter alguma solução. Mesmo no próprio hospital incentivaram a falar com os meios de comunicação, porque na realidade não há nenhuma solução à vista nem para ela ter medicação, que também é muito grave, nem para ser acompanhada nem para serviço de urgências”, disse.
“Portanto olhem, aqui estou eu a falar sobre isto, porque se não falarmos, pelos vistos, não chega a lado nenhum e não há solução para ninguém. Nem todos temos, infelizmente, a opção de ir ao privado em situações de urgência sequer. Portanto acho que é uma coisa que temos que falar e fazer alguma coisa sobre isto”, concluiu.
Veja o vídeo.
Há atualmente vários hospitais do País que têm os serviços de urgência a funcionar de forma limitada. No início do mês de dezembro, 39 serviços de urgência tinham limitações em algumas especialidades, segundo o “Diário de Notícias”. Entre 10 e 17 do mesmo mês, 50 urgências funcionaram em pleno e 33 tiveram limitações, mostrando uma “tendência clara de melhoria na resposta”, de acordo com o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, segundo a CNN Portugal. Na semana até ao Natal, mantém-se 33 urgências fechadas, segundo a “Sábado”.