Conheceram-se em 2016, casaram-se em 2018 e formam um dos casais mais divertidos (e sexy) do mundo das celebridades portuguesas. Em entrevista a Maria Cerqueira Gomes, no "Conta-me" desde sábado, 4 de dezembro, Maria Sampaio conta como ficou mais atenta a questões como o racismo e o preconceito desde que está com Gonçalo Cabral.
"Acho que o problema em Portugal deste privilégio branco que a maior parte dos brancos não tem consciência de que existe. Porque nós não vemos. Eu tenho muitos amigos que dizem 'é impossível um segurança andar atrás do teu marido no supermercado, a achar que ele vai roubar'. Isto acontece constantemente!", conta a Valquíria da novela da TVI "Festa é Festa".
A atriz de 36 anos dá mais exemplos. "Já aconteceu policias mandarem parar o Gonçalo e perguntarem se o carro é dele porque ele tem um carro melhor. Ou batem com o carro e ele é sempre o culpado. Vai a entrar num festival e revistam-no, abrem a carteira, veem os cartões. Viram o meu cartão e pensaram logo que era roubado", conta.
"O branco tem muita dificuldade... em vez de assumir, é pensar 'será que eu sou racista sem querer?'. E isto é um trabalho que todos temos que ter. Nós, sociedade portuguesa, temos de ter menos medo de ouvir que, se calhar, somos um País racista. E pensar 'será que eu sou?'", explica.
"Já fiz seis introduções de seis embriões e ainda não aconteceu"
Aos 36 anos Maria Sampaio quer concretizar o sonho de ser mãe. Mas, tal como explicou a Maria Cerqueira Gomes, tem de recorrer a tratamentos de fertilidade. "Infelizmente, aos 25 anos tive uma peritonite aguda no estômago, inflamaram-me as trompas e tive de retirar as duas. Foi um trauma porque, a partir daquele dia, soube que tinha de fazer tratamentos de fertilização e, desde 2019, que estou a fazer. Ainda não tive a sorte de ter acontecido", conta, revelando ainda: "É doloroso. Já fiz seis introduções de seis embriões e ainda não aconteceu. Agora estou numa pausa".
Muito ativa nas redes sociais, onde tem 77 mil seguidores, Maria Sampaio decidiu começar a falar sobre este tema. E, assim, conseguiu reunir um grupo na aplicação de troca de mensagens Telegram, onde 150 mulheres com as mesmas questões de fertilidade. "Estamos a festejar as vitórias e a apoiar as perdas"
A atriz relembra ainda que "os homens neste processo sofrem muito em silêncio" mas alerta para o facto de ser também preciso haver uma avaliação médica dos homens. "Há muitas mulheres que não vão ao médico mais cedo porque têm medo de que seja um problema do homem. E não há mal nenhum! Este é um problema que atinge muita gente".