
Foi em 2015 que Maria Borges entrou para a história da Victoria’s Secret – e não foi só pelo look que elegeu para a ocasião, mas também pela atitude com que o abraçou. Numa altura em que a norma ditava que as modelos usassem perucas e extensões, a supermodelo angolana desfilou com o seu cabelo natural. E a reação a esta decisão não se fez esperar.
"A Adriana Lima vira-se para mim: ‘Meu Deus, vais passar assim, com o cabelo natural?’. Eu disse ‘sim’. Eu fiquei já feliz. Ela percebeu que aquilo ia ser um boom", contou no "Fly Podcast", "o maior podcast em Angola", segundo a página oficial de TikTok do formato, que é apresentado por Felipe Quiala, rapper, empreendedor e influenciador digital angolano.
Num universo de perucas, extensões e cabelos esticados que mais parecem passados a ferro, Maria Borges quis levar a sua identidade até ao fim – e conseguiu. "Ela esperava que me pusessem uma peruca, uma extensão", explica, dizendo que essa decisão acabou por mudar o foco do desfile. É que Kendall Jenner também se estreava na passerelle da marca nessa noite.
"A Kendall Jenner também estava a participar pela primeira vez. Ela tem uma máquina, uma indústria de media. Ninguém conseguia parar a media da Kendall, mas eu consegui", disse. "Alguém começou a dizer ‘estavas trending no Twitter’. Esquece, eu apaguei a Kendall Jenner naquela noite", rematou.
Na altura, Maria Borges já era uma das estrelas em ascensão do circuito internacional. Tinha desfilado pela primeira vez para a Victoria’s Secret em 2013, ao lado das também portuguesas Sara Sampaio e Sharam Diniz, e voltou em 2014, quando o desfile aconteceu pela primeira vez em Londres.
Ao longo da sua carreira internacional, Maria Borges colaborou com algumas das marcas mais prestigiadas da indústria da moda e beleza. Foi rosto de campanhas para gigantes como L'Oréal Paris – tendo, em 2017, sido promovida a embaixadora global da insígnia –, Givenchy ou Tommy Hilfiger. Nas passerelles, desfilou para casas de moda de renome.