O DJ e modelo Bruno Fernandes, que tinha 38 anos e era de Vila Real, morreu. A notícia foi avançada pela sua agência, Blast Models, no Instagram. A causa da morte ainda não foi revelada, mas Zé Manel, da banda Fingertips e amigo, deu a entender nas suas redes sociais que o artista decidiu “deixar de estar por cá”.
“É com profundo pesar que a Blast Models anuncia o falecimento de Bruno Fernandes. Neste momento de profunda dor, a Blast Models manifesta aos familiares e amigos as mais sinceras condolências”, pode ler-se na publicação da agência, juntamente com uma fotografia de Bruno Fernandes, que tinha um filho de 3 anos.
O DJ era amigo dos irmãos Zé Manel e Patrícia Cipriano, que o homenagearam, recordando a morte de Ana Afonso, que morreu esta quinta-feira, 4 de janeiro. “2024 começa com um aviso. No mesmo dia, mais um amigo de sempre não aguenta mais a alma dentro do corpo e decide deixar de estar por cá. Quão insuportável se terá tornado o mundo para que optemos por deixar de lhe pertencer?”, escreveu o cantor.
“Morreram duas pessoas jovens, duas almas cheias de sonhos desfeitos por um País que não preza os seus talentos e, no limite, os esquece. Eram ambos visita de casa da minha mãe e mais tarde da do meu irmão, de quem eram melhores amigos. Conheci ambos, fui advogada e amiga e conheci as suas mágoas. O Bruno era um rapaz nortenho, de Vila Real, trabalhador, um manequim maravilhoso, um homem lindo de morrer que, aliás, teve um sucesso enorme no Dubai. Voltou ao País que o viu nascer para investir tudo o que ganhou. Não devia ter voltado. Roubaram-no e abusaram da sua ingenuidade”, começou por escrever a advogada Patrícia Cipriano.
“A morte dos dois representa, assim, a morte do sonho de muitos como eles. Falo de artistas que vivem na mais profunda tristeza por não terem palcos que os acolham ou apoio na falta de recursos financeiros para manterem a dignidade que lhes é devida. Sem cultura, sem arte, a vida é só uma máquina do tempo sem cor. Hoje senti que por trás de muitas portas de pessoas que conhecemos bem, se escondem tristezas e angústias insuportáveis, que a vida não mais consegue absorver", continuou.