Cristina Ferreira iniciou, com o lançamento do livro "Pra Cima de Puta", um movimento de combate ao cyberbullying. Este sábado, em entrevista no "Jornal das 8", a diretora de Entretenimento e Ficção da TVI anunciou o lançamento de uma petição pública para levar o tema à Assembleia da República. E, em menos de 48 horas, o documento digital já conta com 37 mil assinaturas. Ou seja, mais 29 mil do que as necessárias para que a petição seja levada a discussão em plenário.

E isso irá mesmo acontecer, embora só em 2021. De acordo com as regras que regem a tramitação de petições, "qualquer petição subscrita por um mínimo de 1000 cidadãos é, obrigatoriamente, publicada no Diário da Assembleia da República e os peticionários são ouvidos em audição na comissão. Se a petição for subscrita por mais de 4000 cidadãos, é apreciada em Plenário da Assembleia", pode ler-se no site da Assembleia da República.

Cristina Ferreira denuncia "campanha destrutiva" contra a sua moral e lança petição para acabar com o bullying
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Depois de a petição ser entregue, será avaliada pela comissão competente nesta matéria. "A Comissão deve elaborar um relatório final no prazo de 60 dias que deve incluir a proposta das medidas julgadas adequadas".

Depois destes procedimentos, há vários cenários possíveis:

  • a comunicação ao Ministro competente para eventual medida legislativa ou administrativa;
  • a remessa ao Procurador-Geral da República, à Polícia Judiciária ou ao Provedor de Justiça;
  • a iniciativa de um inquérito parlamentar;
  • a apresentação, por qualquer Deputado ou Grupo Parlamentar, de um projeto de lei sobre a matéria em causa.

Cristina Ferreira pretende, com esta petição, iniciar um debate público sobre o tema. "Sem formas de regulação, sem o exercício da regulação, julgamentos sumários e agressões gratuitas continuarão a multiplicar-se impunemente na internet. Esta maledicência de extrema violência – este tipo de crime! – não pode continuar. Esta imensa maldade não pode subsistir e servir de escola às nossas crianças. O cyberbullyng tortura milhares de crianças, que crescem com problemas sérios e chegam até a suicidar-se. Permito-me temer que continuarmos a ignorar este estado de coisas acarretará consequências devastadoras, irreversíveis – será matar a cidadania e a democracia", lê-se no texto desta petição pública.

"Alguma coisa há-de mudar". Figuras públicas poiam petição de Cristina Ferreira

Depois da emotiva entrevista no "Jornal das 8", em que falou sobre a forma como as agressões verbais nas redes sociais de que é alvo afetam a sua vida familiar, Cristina Ferreira lançou a petição online. A apresentadora partilhou também, já este domingo, um story onde conta que, por causa do seu testemunho, recebeu "milhares de mensagens a reportar histórias de agressão e ofensa".

"Todos relatam os episódios como traumáticos e causadores de baixa autoestima. Estamos a falar de milhares de anónimos que se sentem representados na voz do que chegará à assembleia. Por todos. Alguma coisa há-de mudar", escreveu.

Carolina Deslandes, Rita Pereira, Isabel Figueira, Maria Cerqueira Gomes e Iva Domingues foram algumas das caras conhecidas que se juntaram a este movimento cujo o objetivo é trazer para discussão pública o tema do cyberbullying, da violência e o ódio gratuito na internet.

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