"Não são críticas. São ofensas e injúrias. São uma tentativa clara de destruir quem sou. As pessoas culpam-nos por nos correr bem, porque trabalhámos para isso." Foi assim que Cristina Ferreira tomou a palavra para, em entrevista ao "Jornal das 8" deste sábado, 28 de novembro, denunciar as várias formas de bullying de que tem sido alvo desde que decidiu sair da SIC para regressar à TVI.

Ainda que a conversa tenha tido como pretexto o lançamento do seu mais recente livro, "Pra Cima de Puta", no qual relata algumas das ofensas de que foi vítima, defende que "este livro é de todos", porque, de alguma forma, já todos sentimos o bullying na pele. "Este livro é, acima de tudo, para que a sociedade possa refletir sobre isto. Para que cada um de nós, de cada vez que fizer um comentário nas redes sociais, saber que está a ferir o outro", defende.

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A apresentadora e diretora de Ficção e Entretenimento da TVI revelou, durante a entrevista, que as ofensas intensificaram-se com o regresso à TVI, mas ainda que admita que nenhum dos ataques que estejam reproduzidos no seu livro lhe toquem — porque, segundo a própria, foi "construindo uma estrutura mental forte o suficiente —, não tem dúvidas de que "tocaria a qualquer outra pessoa".

"Estive seis horas no ar [antes da entrevista ao "Jornal das 8"] e em nenhum momento estive nervosa. Agora estou aqui aflita. É que a mim não me dói, mas tenho muito medo que doa a outras pessoas e que elas não resistam a isto. Tem sido muito difícil lidar com uma campanha destrutiva. O meu filho lê [as ofensas de que a mãe é alvo] todos os dias. O meu pai lê. A minha família lê. E eles sabem a filha, a mãe e a pessoa que têm na família. E não é isto", refere, visivelmente emocionada.

E continua: "Estes comentários são também fruto de uma imprensa que deveria ter uma regulação e que, neste momento, está em roda livre, porque pode-se dizer o que quiserem de nós num site ou numa revista sem que ninguém diga que isso não pode existir." A apresentadora refere-se à mais recente capa da revista "Sábado" que se refere a Cristina Ferreira como "megalómana" e "supersticiosa", citando fontes próximas da TVI que terão falando com a mesma publicação sob anonimato.

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"Volto a lembrar que na nossa Constituição e da Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito que não pode existir nenhum ataque à honra ou à reputação pessoal, nem uma invasão da vida familiar e privada. Saiu recentemente uma capa da revista 'Sábado', de um grupo que me tem atacado nos últimos tempos. E o que é que lá está? Um ataque vil à minha moral e à pessoa que sou. Mandei aquilo para o meu advogado e perguntei o que se podia fazer com aquilo. Ele respondeu: infelizmente, nada", conta.

Com o lançamento do seu mais recente livro, Cristina Ferreira diz querer fazer uso da sua exposição e visibilidade mediática e criar uma petição pública com o objetivo de fazer "a discussão" chegar a "quem de direito".

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