Salman Rushdie foi esfaqueado cerca de 15 vezes esta sexta-feira, 12 de agosto, quando se encontrava numa palestra. Foi de imediato transportado, de helicóptero, para um hospital, onde acabou por ser ligado a um ventilador. De momento, já não está ligado ao mesmo e a saúde do britânico está a evoluir de forma positiva.
Foi Michael Hill, presidente de Chautauqua Institution, o centro cultural no estado de Nova Iorque onde aconteceu o ataque, quem forneceu estas atualizações acerca do estado de saúde de Salman Rushdie, através de uma publicação feita na rede social Twitter.
"Salman Rushdie sem ventilador e a falar. Continuamos com as orações em nome de todos os membros de Chautauqua Institution", escreveu. Esta informação terá sido divulgada pelo agente do escritor, Andrew Wylie, à imprensa norte-americana, refere a "CNN Portugal".
O suspeito do ataque, Hadi Matar, um homem de 24 anos residente no estado de Nova Jérsia, foi a tribunal este sábado, 13, tendo-se declarado inocente. Foi acusado de tentativa de homicídio e agressão em crime premeditado. O juiz ordenou a sua detenção sem caução, avança o mesmo órgão de comunicação.
Os motivos que levaram este homem a realizar o ataque continuam por esclarecer. Na sequência do mesmo, o escritor de 75 anos sofreu, pelo menos, lesões no fígado, nos nervos de um dos braços e num olho, que poderá perder. De momento, consegue falar e não precisa de estar ligado a um ventilador.
A obra "Os Versículos Satânicos", escrita por Salman Rushdie e publicada em 1988, levou a que o líder religioso Ayatollah Khomeini, do Irão, oferecesse uma recompensa de três milhões de dólares a quem assassinasse o escritor, que produziu títulos como "Os Filhos da Meia-Noite", "O Último Suspiro do Mouro" e "Grimus".