
"Entre a Avenida da Liberdade e o Arco do Triunfo. Iguarias que unem a Côte d’Azur à sofisticação da gastronomia portuguesa", é assim que o ARC se apresenta. Um espaço de luxo e elegância situado mesmo no coração de Lisboa, que convida a uma experiência gastronómica única onde cada detalhe (desde a decoração à carta) reflete um cuidado ímpar e um requinte contemporâneo - o que quase parece um convite exclusivo.
Dos mesmos donos do Cuá Cuá, do Bliss, do Torremar e da Burguesinha, o Arc traz o espírito de St. Tropez e da Côte D’Azur através de uma fusão de sabores mediterrânicos, concebida pelo chef Luís Campos. O seu objetivo é ter propostas de alta gastronomia servidas num ambiente elegante e festivo, onde não passam despercebidas as cadeiras cor de rosa, os vasos de laranjeiras pelos cantos e a DJ a criar uma banda sonora sem igual. E quando nos sentamos, preparamo-nos para uma viagem gastronómica.
Além de toda a beleza do espaço, uma vez que não nos cansamos de dizer que se respira elegância e luxo dentro do restaurante, esta também se reflete na carta do ARC. Com nomes de pratos tão apetitosos que nos fazem querer comer o menu inteiro (se ao menos tivéssemos barriga para isso), há opções saborosas para todos os gostos, garantindo que cada garfada é uma verdadeira celebração de sabores e sofisticação.
Para começar pode optar por um queijinho de ovelha (4,30€) ou um dip de ricota com pó de algas nori (3,80€) antes de experimentar entradas e petiscos como peixinhos da horta com maionese de coentros (11,50€) e bao de barriga de porco defumada (12,50€). No entanto, a MAGG, quando teve a oportunidade de visitar o espaço, escolheu os croquetes de vitela defumada (12,50€) e o ceviche de peixe branco com puré de batata doce, leite tigre e wakame (18,50€), e estes foram, sem dúvida, dois dos pontos altos da noite.
Os croquetes conquistaram o devido espaço na lista de croquetes a experimentar em Lisboa, com a vitela defumada no ponto e cheia de sabor. Já o ceviche de peixe branco conquistou-nos pelo puré de batata doce, uma vez que os dois se encaixavam na perfeição. A junção do wakame não foi a nossa parte favorita, mas sempre dava um toque fresco ao prato. Depois, passámos então para os pratos principais (e deixamos a ressalva de perguntar primeiro se têm disponível o prato que quer comer, pois aconteceu-nos por duas vezes o restaurante já não ter aquilo que queríamos experimentar).
Espreite os pratos.
Como principais tem então camarão tigre grelhado com molho de manteiga, alho e malagueta (45€), polvo com puré de batata doce, espargo verdes e gel de pimentos assado (32€), risotto porcini (28€), picanha wagyu (49€), entrecôte maturado (38€), coxa de pato confit com risotto trufado de cogumelos (26€) e bouillabaisse (32,50€). Estes dois últimos dois pratos foram a nossa escolha, mas temos de confessar que não foram os nossos favoritos. A bouillabaisse, que é uma espécie de sopa com vários tipos de peixe e marisco, estava apetitosa, mas era difícil pegar num pedaço concreto de peixe.
Já a coxa ocupava grande parte do prato, e não estava bem dentro daquilo que o nosso paladar gosta. No entanto, mentimos se não dissermos que, no geral, os pratos estavam bem confeccionados. Para finalizar, tem como opções uma tarte tatin de figo (10,50€), um mil folhas de chocolate com framboesas (11€), souflé gelado de caramelo salgado (9,50€) ou o mundo de chocolate, com panna cotta de chocolate, crumble de chocolate, parfait de caramelo salgado, telha de chocolate, gelado de chocolate belga e gel de maracujá, tudo regado com chocolate quente (11€).
As nossas escolhas foram o mil folhas e o souflé, e aqui voltámos aos pontos altos da refeição. Cada uma destas sobremesas era uma combinação perfeita de texturas e sabores, equilibrando doçura e delicadeza, e a cada garfada sentíamos o cuidado e a criatividade do chef, tornando o final da refeição simplesmente memorável. No final, saímos do ARC satisfeitos com a experiência, mas com a sensação de que uma segunda visita poderia revelar ainda mais do potencial do restaurante.