Pertence ao grupo de céticos que acham que um café de cápsula nunca vai conseguir saber tão bem quanto as bicas dos estabelecimentos locais? Pois, percebemos – também já fomos assim –, mas a Nespresso tem uma novidade que, além de a tornar um bocadinho mais portuguesa, é uma homenagem à cultura do café do nosso País: acaba de lançar uma cápsula cujo objetivo é replicar, reinventando, o sabor tão característico da bica.
O novo Lisbon Bica é o novo membro da família (ou gama, neste caso) World Explorations da marca suíça, que a MAGG teve oportunidade de conhecer esta terça-feira, 9 de abril, num evento que nos transportou para os bairros mais típicos da capital. O objetivo desta gama é, precisamente, pegar em cafés de várias partes do globo, elevá-los e partilhá-los com os restantes pontos, homenageando-os.
No caso de Lisboa (e de Portugal, no geral), isso não foi diferente. "Apesar de a Nespresso estar em Portugal há mais de 21 anos, desde sempre tivemos sempre esta ambição de ter um café que homenageasse a nossa cultura portuguesa de café, as nossas origens a e a nossa história", conta Andreia Vaz, diretora de marketing da Nespresso, à MAGG, acrescentando que, "honrando Lisboa e a nossa bica, era importante que esse conceito também viajasse".
No entanto, segundo Cláudia Costa, coffee ambassador da marca, apesar de o sabor característico da bica estar encapsulado nesta novidade, ela "não pretende substitui-la, mas ser uma reinterpretação feita pela Nespresso". Assim, embora a intensidade, o amargor e a essência deste café esteja lá, há notas de especiarias, frutos secos e um irresistível toque final de amêndoa torrada, que vão deliciar até os mais céticos.
Mas, afinal, como é que se transpõem sabores tão inéditos e familiares para uma cápsula? Segundo a diretora de marketing da marca, "é um trabalho muito técnico". Fica a cargo da equipa de desenvolvimento de café, "pessoas que se dedicam especificamente a criar o produto na cápsula e a produzir em grandes quantidades", e aos "master blenders, que fazem esse exercício de saber quais as percentagens dos vários tipos de café que, juntando, transmite este perfil de sabor", frisa.
"Era importante perceber que tipo de grãos é que deviam ser usados para deixar aquele amargor, que é, no fundo, tão característico do nosso café português e deixa aquele final de boca muito acentuado", corrobora Cláudia Costa. Por isso, foram a El Salvador, na América Central, buscar o café robusta, que é mais corpulento, e a Nicarágua buscar o café arábica, mais aromático.
Juntos, estes diferentes tipos de grãos fizeram o par perfeito. E o resultado final passa por um café "encorpado, aveludado e mais forte, assim como mais aromático, algo que, no fundo, conta a história de Portugal: os Descobrimentos, com as especiarias, que remetem para a Índia, e as nossas ex-colónias, como Angola, de onde vem a robusta, daí se chamar bica, por ter de se pôr açúcar de tão forte que é", frisa a coffee ambassador.
Como é que estas duas representantes da marca se sentiram a beber o café? Bem, Andreia Vaz diz que lhe deu "um gozo imenso, porque a bica da rua estava naquela cápsula, com tudo aquilo que é verdadeiro em si e ainda mais um bocadinho". Já Cláudia Costa, partilhando da mesma opinião, conta-nos que, embora fizesse parte do grupo dos mais duvidosos inicialmente, acredita que é uma "homenagem perfeita" ao País e que a Nespresso conseguiu "desenvolver, através de vários inputs, aquilo que é um café fantástico".
O novo Lisbon Bica está à venda desde esta terça-feira, 9 de abril, nos locais habituais. É um café que vai ser possível de adquirir e degustar em todas as boutiques da marca espalhadas pelo mundo – e, verdade seja dita, só pela embalagem da cápsula, profundamente inspirada no azulejo português, vale a pena tê-lo à disposição em casa. Uma sleeve de 10 unidades tem um custo de 5,10€.
