Uns são mais de borrego, outros de bacalhau, outros não dispensam o mais tradicional cabrito na Páscoa. Está na altura dele, embora se coma ao longo do ano e um pouco por todo o País. Fomos à procura de alguns dos melhores sítios para provar este tradicional prato, seja vindo do forno ou do tacho — o quentinho que dá no estômago é igual.
Temos opções para comer no restaurante ou requisitar para o almoço em casa já na Páscoa, outros para marcar na agenda já um dia para comer daqui em diante.
Se optar por comer cabrito em casa na Páscoa, não se apoquente caso tenha alguém na família que seja vegetariano ou vegan. Basta seguir a receita do Desafio Vegetariano Portugal, programa da Aliança Animal, criada por Elisa Nair Ferreira, membro do programa, e pela entusiasta de cozinha vegan, Janine Oliveira. Parece mesmo cabrito, mas é um assado feito com seitan.
Se todos comerem carne, então é só ir ao restaurante na Páscoa ou noutra altura para deleitarem-se com alguns dos cabritos mais deliciosos de Portugal.
1. A Cozinha do Manel, Porto
A Cozinha do Manel é já uma cozinha antiga, com 32 anos, assim como é feito o arroz de pato à antiga ou o dito cabrito que andamos à procura.
O que torna especial o d'A Cozinha do Manel é não só o facto de seguir a tradição, como o local onde é feito: em forno de lenha. O restaurante promete "superar as expectativas" e para conferir só tem de ir ao espaço no Porto ou encomendar para casa — no domingo de Páscoa, A Cozinha do Manel vai trabalhar ao almoço, apenas em serviço take-away, por encomenda.
2. El Olivo, Braga
A nova carta do restaurante El Olivo, situado dentro do hotel Meliá Braga, apresentada em fevereiro, foi buscar as iguarias e costumes ancestrais da região do Minho e juntou-lhes uma pitada de criatividade. No caso da carne que aqui nos traz, é sugerida numa perna de cabrito à moda de Braga, que não deixa de refletir as tradições, mas dá um toque na apresentação.
Se a este juntar as novas referências de vinhos — desde a reserva do Comendador ao quinta do Ameal Loureiro — vai ver que saberá ainda melhor.
3. Santo Amaro, Sertã
O restaurante Santo Amaro, na Sertã, é um espaço tradicional e que deve o nome à igreja que fica nas imediações. Fora os famosos maranhos à moda da Sertã, os cartuchos de amêndoa à moda de Cernache e a tigelada beirã, o restaurante é conhecido pelo cabrito.
Aqui é servido assado, com batata corada e couves com broa (15,50€) para que de uma só vez saboreie vários produtos locais e regionais dentro da requintada sala de refeições, com 75 lugares.
4. Suba, Lisboa
O restaurante do hotel Verride Palácio Santa Catarina, o Suba, tem uma nova carta, com produtos da estação, mas da anterior vem um prato que tem sido um sucesso: o cabrito. Este é algo diferente daquilo a que estamos habitados, porque resulta da criatividade do chef Fábio Alves, que não se limitou a levar a carne ao forno.
No Suba é apresentado um cabrito de leite, arroz e couve kale, que ainda assim representa as raízes transmontanas do chef. Custa 28€ e está disponível à carta (na qual também se encontra uma esfera de chocolate banhada a ouro, favo de cacau e frutos vermelhos, 12€, para levar à letra o que se costuma dizer: "fechar com chave de ouro").
5. Sauvage
Acabadinho de chegar à carta, o cabrito do restaurante Sauvage, em Lisboa, serve à vontade duas pessoas (30€). Vem ainda acompanhado de arroz de enchidos, só mesmo para garantir que tem tudo o que precisa para matar saudades desta iguaria e ao mesmo tempo poder fazê-lo num ambiente sofisticado e descontraído.
Isto já para não falar de que, antes de comer o cabrito, há outras tentações a não perder, como é o caso das novas entradas: cavala de pele tostada (12€) e couve flor e avelã (9€). Rematar tudo isto com um mil folhas de caramelo salgado (6€) é só pedir uma sesta ou uma boa noite de sono de seguida.