Não há quem não se apaixone por Portugal, certo? É o que parece, pelo menos tendo em conta o número de vezes que um restaurante abre e quem nos recebe não fala português. A história do "vim cá de férias, adorei o País e decidi ficar" multiplica-se e na Ericeira acaba de abrir mais um espaço que resulta desta história de amor.
Alexia Pavlovsky, 29 anos, apesar do apelido russo, nasceu na Argentina e só de lá saiu há ano e meio quando veio a Portugal de férias. Não vale a pena explicar o que aconteceu a seguir, pois não?
O certo é que de Portugal já não saiu e foi na Ericeira que decidiu viver e trabalhar, primeiro na cozinha do restaurante Adega Bar e, agora, num restaurante em nome próprio para onde trouxe todas as suas raízes mais latinas.
Ainda que seja a comida argentina a dominar a carta, a verdade é que Alexia não resistiu a trazer outros sabores vizinhos. É o caso do ceviche típico do Peru e das arepas venezuelanas, todas elas peças fixas do menu. De vez em quando, dá largas à imaginação no prato do dia, onde já serviu quesadillas mexicanas e chivito uruguaio.
Alguns desses pratos especiais tiveram tanto sucesso que Alexia já pensa integrá-los na carta fixa. "É o caso do choripan. As pessoas adoram", garante à MAGG. Não admira. Esta sandes é semelhante ao nosso pão com chouriço, mas servida com alface, tomate, salsa criolla e chimichurri, um molho típico argentino e que Alexia faz de raiz no restaurante.
Há sempre nove empanadas disponíveis, todas a 2,50€. Há a de carne e ovo; frango cebola e pimenta; presunto e queijo; atum e cebola; bacalhau com natas; morcela; legumes assados; cebola e queijo e a empanada humita, feita à base de milho. Às vezes, Alexia cria umas edições especiais — essas a 3,50€ — como a de salmão fumado com brie ou de carne de porco com molho de cerveja.
As arepas, típicas da Venezuela, estão disponíveis em quatro versões: de cação, de queijo e orégãos, de carne e queijo ou, para os mais arrojados, frango, ovo, abacate e queijo (todas a 3,50€).
Além de uma banda sonora que acompanha os ritmos latinos servidos à mesa, também há música ao vivo. Alexia quer fazer do Aymamita "aquele sítio que parece a casa do amigo, sabes?". Sabemos sim, ainda que, assim de repente, não tenhamos na nossa rede alguém que nos sirva um copo de vinho argentino enquanto dança uma cumbia.