Está pelo norte e não sabe onde ir almoçar ou jantar? O Esquina do Avesso, em Leça da Palmeira, no Porto, está aberto há mais de uma década, antes com o nome Taberna da Esquina, mas sofreu uma reviravolta com o chef Ricardo Dias, que assumiu a cozinha. Da decoração à irreverência dos pratos, a MAGG foi experimentar o restaurante e ficámos surpreendidos.

Situado perto do Forte de Nossa Senhora das Neves e da praia, o Esquina do Avesso começou por nos conquistar pela decoração, das paredes de pedra à madeira por todo o lado, dos verdes das plantas aos candeeiros fora do comum e dos sofás pretos bem confortáveis ao corredor de espelho que dá uma ilusão de que o espaço é bem maior.

Como couvert, serviram-nos pão de fermentação lenta, manteiga de cabra, guacamole e tostadas (4€ por pessoa), e a acompanhar a refeição optámos por um mojito sem álcool que estava exatamente como queríamos: bem fresco e doce. Para entradas, experimentámos tártaro, trufa e brioche (13,50€), enguia, shitake fermentado e babaganoush (12€) e atum, água de tomate, chicória e essência de cherry (12€). 

A nossa entrada preferida foi, sem dúvida, parathas, borrego e ricota (11€). É um prato daqueles que sabe bem comer utilizando as mãos, para partir as parathas e rechear o seu interior com o borrego suculento, e que nos surpreendeu por ser uma bomba de sabor (bem picante, para nós, mas totalmente suportável).

Como pratos principais, serviram-nos um pregado “au meunière” (16,50€) acompanhado por uma espécie de salada russa, e ficámos intrigados quando ouvimos que iríamos provar açorda, chimichurri e poblano, 16,50€, um prato denominado Lula. A textura da lula combinada com o conforto do pão e todo o sabor envolvente fez com que este fosse o nosso prato predileto.

Para terminar a refeição em bom, ainda estamos indecisos se a nossa sobremesa favorita foi o arroz doce e manjericão (8€), em que a textura nos remete para o arroz doce que a nossa avó fazia com o twist inesperado do sabor a manjericão, a baunilha, cajeta e massa choux (€8) ou texturas de ruibarbo (9€). No final, ainda nos serviram uns docinhos deliciosos e nada enjoativos que foram devorados apenas com uma trinca.

Ricardo Dias, 32 anos, nasceu e cresceu em Matosinhos, no Porto, e descobriu que queria ser cozinheiro depois de se apaixonar pela cozinha ao lavar loiça em restaurantes. Já passou por restaurantes como 100 Maneiras, Feitoria, Belcanto, Elemento, Söl e Under, estes dois últimos na Noruega. Um dos seus objetivos futuros é poder dar aos outros uma oportunidade, assim como o chef Elísio Bernardes lhe deu a si.

No dia 14 de setembro, irá entrar para a oferta um menu de degustação no Esquina do Avesso, que o chef considera ser “específico e especial”. Afirmou que querem ser conhecidos como sendo “os melhores”, sendo as ideias do restaurante “amar o cliente” e “amar servir”.

“O foco principal é que toda a gente que entre aqui dentro se divirta e que realmente voltemos a conseguir puxar das pessoas aquela excitaçãi ao sair de casa de ‘epa, vou jantar fora, que fixe’”, contou, acrescentando que quer que o Esquina do Avesso seja “um marco” onde as pessoas vão “para se divertir” e “para aproveitar a experiência”.

Esquina do Avesso

Morada: Rua de Santa Catarina, 102, 4450 – 631 Leça da Palmeira
Horário: 3ª e 4ª das 13h30 às 15h e das 19h30 às 23h; de 5ª a sábado das 19h30 às 23h
Contacto: 912 286 521 / info@esquinadoavesso.pt

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