Basta estar um ou dois meses sem passar no Chiado, Cais do Sodré ou Príncipe Real, em Lisboa, para que o passeio seja constantemente interrompido com frases como: "Abriu ali um restaurante novo", "Olha, aquele já fechou", "Este não era de hambúrgueres e agora é vegetariano?".
Foi o que nos aconteceu esta semana quando, ao passar pela Rua da Escola Politécnica, percebemos que o número 40, ocupado durante os últimos anos pelo Prego da Peixaria — que entretanto se mudou para Algés — tinha na porta de vidro um nome novo: "Sumaya".
O Sumaya, que abre a 14 de setembro, é um restaurante de comida libanesa e pertence ao grupo Atalho, que conta já com três restaurantes em Lisboa e todos eles a ter a carne como ingrediente principal dos pratos.
Aqui também a há, e um dos pratos em destaque na nova ementa é precisamente o Sikh Lamhe (14€), uma espetada de lombo, cortada em cubos grelhados com cebola, pimentos e molho. Mas também há pratos de peixe, como é o caso do Sayedieh (15€), um arroz cozinhado com especiarias com peixe assado no forno, servido com tahini e pinhões.
A ideia aqui, bem à moda da cozinha do Médio Oriente, é a partilha. Há várias mezze —palavra que define isso mesmo, partilha — disponíveis, mas o cliente pode criar o seu, com base nas sugestões da ementa que vão desde labneh, um prato de iogurte servido com azeitonas e alecrim seco (4,5€) ou o Samke Harra (7,5€), que consiste numa porção de robalo com batata frita em cubo, coentros, alho, azeite e picante.
E pensava que saía daqui sem sobremesa, não? Quando falamos do Médio Oriente, parece que no horizonte já só vemos frutos secos, mel e massa filo e é isso mesmo que podemos encontrar por aqui. A baklawa custa 4€ e faz parte da lista que só fica completa com a secção de cocktails, feitos com misturas de várias partes do mundo. A margarita, por exemplo, é feita com gengibre e mel (7€).
O novo restaurante vai estar aberto todos os dias, com horário alargado ao fim de semana.