Chegamos cedo, antes da hora de começar a trabalhar, a tempo de nos instalarmos no quarto que nos está reservado. À semelhança de outras unidades hoteleiras, o PortoBay Liberdade adaptou-se às mudanças e exigências da pandemia e não apenas nas restrições. O hotel de cinco estrelas, situado no coração de Lisboa, abriu as portas aos teletrabalhadores com o programa Escritório no PortoBay Liberdade. Para quebrarmos a rotina quarto-sala-quarto, fomos até lá.

Deixámos o carro na garagem (o estacionamento, embora sujeito a disponibilidade, está incluído neste pacote) e mesmo antes de apreciarmos o quarto, fizemos os dois testes fulcrais no momento da escolha de um local para teletrabalhar — o da internet e da cadeira. Ah, quanto à segurança e higiene em tempos de pandemia, mal entrámos no lobby do PortoBay Liberdade, percebemos que, pela abundância de álcool gel, máscaras e regras rigorosas na utilização dos elevadores que essa questão não iria ser problema.

1. O teste do wifi.

Este é o derradeiro momento que define se um local é apropriado para para quem arrisca o teletrabalho fora de casa. Ligámos o computador, acedemos ao wifi, conectámos a VPN e...teste superado com distinção. Mais rápido só o Speedy Gonzalez.

2. O teste da cadeira e da secretária

O maior drama para quem está em teletrabalho é a cadeira. Ou melhor, a combinação cadeira + secretária. Basta uma cadeira desadequada e as costas ficam logo a pedir uma ida ao osteopata. Isto para quem trabalha à secretária, porque há aqueles felizardos que conseguem fazê-lo no sofá, na cama ou mesmo no chão.

A mesa e a cadeira disponíveis no quarto que nos foi atribuído são bastante satisfatórias. Há acesso fácil a tomadas, bom rácio de altura cadeira / mesa e a secretária tem espaço suficiente para o computador, rato, papeladas várias e ainda uma reconfortante chávena de chá (ou café, ambos disponíveis no quarto).

Um aspecto a melhorar. É verdade que os quartos de hotel não foram concebidos para teletrabalho mas ter a secretária virada para a parede (e de costas para a televisão) foi um momento algo anticlímax. Nada que uma remodelação express não resolva. E que bela televisão aqui temos, mesmo a calhar para quem tem de acompanhar a atualidade.

portobay Liberdade

No sofá há até uma mantinha fofa para o caso de termos frio enquanto trabalhamos ou se nos apetecer ir até à varanda relaxar um pouco e apanhar ar fresco. Na secretária, estão ao nosso dispor dois frascos de álcool gel e duas máscaras, para podermos circular livremente pelo hotel.

Decidimos fazer uma pausa para energizar, relaxar e, claro, conhecer as áreas comuns do PortoBay Liberdade. E porque aqui não é só trabalho, o programa dá acesso ao ginásio e à piscina interior onde, convém que se diga, nos cruzámos à distância com apenas duas pessoas. Depois de contemplarmos com hesitação a piscina, vamos mesmo ao mergulho e a umas braçadas. E temos mesmo de falar nos incríveis roupões do PortoBay Liberdade. Duplos, com turco por dentro e algodão por fora. Enormes, com bolsos de tamanho adequado e super aconchegantes.

Dois dos extras que podem ser adicionados ao pacote diário são a estadia da noite (por mais 40€) ou uma massagem indiana no Mandalay Spa. A nossa escolha vai para a massagem. Somos recebidos pela terapeuta Susana Isaac que, antes de iniciar a massagem abhyanga, nos explica que esta tem inspiração indiana e por objetivo um relaxamento terapêutico. São usados óleos mornos, que fazem com que os movimentos fluam e os músculos relaxem. Este é — podemos afirmar com bastante certeza — o céu do teletrabalho.

spa portobay liberdade

Finalizada a massagem, decidimos levar o teletrabalho para almoçar no Bistrô4, o restaurante do PortoBay Liberdade. Os receios quanto ao funcionamento do wifi foram infundados, pelo que continuámos tranquilamente online enquanto provávamos o paté de pintada com pistácio numa fatia de pão ainda morno.  Seguimos depois com sopa de legumes (que era, na verdade, um creme) a escaldar, fumegante e aconchegante, como uma sopa deve ser, com croutons estaladiços, dos verdadeiros, a boiar.

E porque estamos em contagem decrescente para o Natal, escolhemos o rei para prato principal. Bacalhau com couve lombarda recheado com couve flor e puré de batata doce. Aconchegante e natalício.

portobay Liberdade

Não resistimos à sobremesa, uma banoffee pie desconstruída, enganosamente leve mas muito, muito decadente.

portobay Liberdade

A tarde prolonga-se até às 19h para quem escolhe o PortoBay Liberdade como escritório longe de casa e aproveitámos o tempo ao máximo. Antes da nossa visita, tinham-nos avisado que havia obras no prédio ao lado e que poderia haver algum ruído. Não demos por nada. E ainda bem.

O valor diário do pacote Escritório no PortoBay Liberdade é de 110€ e inclui:

  • quarto disponível das 8h às 19h
  • Estacionamento (sujeito a disponibilidade)
  • pequeno-almoço executivo
  • wifi gratuito
  • garrafa de água no quarto
  • facilidades de chá e café
  • menu do dia para o almoço (entrada ou sobremesa + prato principal)
  • acesso ao ginásio e piscina interior do hotel
  • acesso à utilização das áreas sociais do hotel para pequenas reuniões (máximo 5 pessoas)

Quanto aos extras, a massagem indiana tem o custo de 30€ (duração de 20 minutos). As reservas para vários dias usufruem de descontos a começar nos 10% para uma reserva mínima de 5 dias e que ascendem aos 20% para uma reserva de um mês. Saiba mais informações no site do hotel.

Hotel PortoBay Liberdade

Rua Rosa Araújo 8, 1250-195 Lisboa
Contacto: 21 001 5700
Site: https://www.portobay.com/en/hotels/lisbon-hotels/portobay-liberdade/