Já é oficial: a história ternurenta e um pouco espalhafatosa da RTP1 estará disponível na plataforma global da Netflix, legendada e dobrada em vários idiomas, já a partir de 10 de fevereiro. Em pleno mês do Dia dos Namorados, não fosse "Até Que a Vida Nos Separe" um cruzamento de histórias de amor, que aborda "pequenos conflitos que estão na vida de cada um de nós".
Apesar de já ter estreado na RTP1 em fevereiro de 2021, "Até Que a Vida Nos Separe" prepara-se agora para alcançar um feito histórico na ficção nacional. A Coyote Vadio e a RTP fecharam um acordo inédito em Portugal com a Netflix, dado que esta é a primeira vez que a plataforma de streaming compra uma série portuguesa para transmissão global em cerca de 198 países. Importa referir que "Glória", também uma série portuguesa transmitida a nível mundial na plataforma, trata-se de uma produção própria da Netflix.
"É fantástico ver esta série da equipa da Coyote Vadio, um projeto de ficção inovador na escrita e na estética, ser reconhecido desta forma a nível internacional. Temos a noção de que o mercado televisivo português é pequeno e a nossa capacidade de investimento limitada", afirma José Fragoso, diretor da RTP1.
"De repente, são 75 atores e uma equipa inteira de profissionais que vêem o seu talento numa montra que chega a muitos milhões, duma forma que não encontra qualquer precedente na ficção nacional e que deve não só ser celebrado como igualmente reconhecido e valorizado. O que nos motivou e continua a motivar é a vontade de continuar a história que nos apaixonou", afirmam Andreia Esteves e Manuel Pureza, da Coyote Vadio, em comunicado.
A série, atualmente disponível na RTP Play — a plataforma de streaming da estação pública—, vai sair do catálogo em breve, e ficará disponível apenas na Netflix. "Enquanto durar o licenciamento com a Netflix, os direitos não permitem que se mantenha na RTP Play. Voltará à plataforma no fim deste licenciamento", confirma a estação pública à MAGG.
A história ternurenta (e sem vilões) estreou a 3 de fevereiro de 2021
Foi em pleno 2021, numa altura em que para feio já bastava o mundo pandémico, que a ficção nacional descartou o drama e apostou nas histórias ternurentas. E a verdade é que, de forma intencional (ou não), foi neste contexto que João Tordo ("Os Filhos do Rock"), Tiago R. Santos ("Parque Mayer") e Hugo Gonçalves ("País Irmão") escreveram a "Até Que a Vida nos Separe", uma produção realizada por Manuel Pureza, que estreou há cerca de um ano, a 3 de fevereiro de 2021.
Do elenco fazem parte nomes como Albano Jerónimo, Teresa Tavares, Catarina Gouveia, Lourenço Ortigão, José Condessa, Madalena Almeida, Isabela Valadeiro, Mafalda Vilhena e Sara Barradas. Naquela que é uma história (propositadamente) sem vilões.
A série é descrita com um conjunto de histórias originais e contemporâneas unidas por algo mágico: o amor. No centro da narrativa está a família Paixão, "uma família real e que pode ser próxima de todos nós", através da qual "encontramos três visões diferentes" sobre como é viver o amor ao longo de três gerações.
A estreia na plataforma internacional será no próximo dia 10 de fevereiro, dia em que passará a estar disponível em 198 países, num momento histórico no panorama audiovisual português.