É assim que os queremos: quentes, mas não demasiado, acompanhados de café ou de um chá. Com canela, sem canela, com mais ou menos açúcar polvilhado, têm é que vir estaladiçose, de preferência, aos pares — que são poucos os que resistem a comer só um.

Os Pastéis de Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, surgiram numa altura em que por ali ainda passavam barcos a vapor. Antes de se vender pastéis, aqui funcionava uma refinaria de cana-de-açúcar. Mas quando em 1834 todos os conventos e mosteiros de Portugal foram encerrados, expulsando o clero e os trabalhadores, alguém do Mosteiro ocupou este lugar para vender uns pastéis baseados numa receita secreta.

Foi então em 1837 que a fabricação dos pastéis teve início e apesar de ter começado numa tentativa de sobrevivência de quem foi expulso do Mosteiro, século após século, o negócio foi prosperando e manteve-se até hoje — tal como a receita, que até aos dias de hoje não se alterou. 

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Apenas os mestres pasteleiros sabem os ingredientes certos para criar estes pastéis que somam algumas distinções, como a medalha de Honra da cidade de Lisboa e a Medalha de Mérito, reconhecidas pelo Ministério do Turismo, em 2005, e a eleição como uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal, em 2011.

Maravilha também é trabalhar todos os dias com esta iguaria da doçaria portuguesa, apesar de poder ser difícil resistir à tentação de comer um dos mais dos 20 mil pastéis feitos por dia.

A MAGG saltou da frente do balcão e aventurou-se nos corredores labirínticos que ligam as várias salas dos Pastéis de Belém. Chegou então a hora de conhecer quem faz e quem serve um dos doces mais famosos do País.