"Marilyn Monroe só existe no ecrã", diz Ana de Armas, ora Norma Jean, ora Marilyn Monroe em "Blonde". Coube à atriz cubana de 34 anos a monumental tarefa de dar vida à mais misteriosa, trágica e inesquecível estrela de Hollywood do século XX e, a avaliar pelas primeiras imagens, divulgadas esta quinta-feira, 28 de julho, pela Netflix, a missão foi bem sucedida. Ao ponto de chegarmos a acreditar que se trata mesmo de Monroe ali no ecrã, em 2022.
Na contagem decrescente para aquele que é um dos filmes mais aguardados da rentrée (a estreia está agendada para 27 de setembro), o trailer mostra o ator Bobby Cannavale no papel da lenda do basebol Joe DiMaggio, que foi casado durante apenas nove meses com Marilyn.
A atriz e o jogador de basebol reataram a relação anos mais tarde e mantiveram-se amigos até à trágica morte de Marilyn. Foi Joe DiMaggio quem organizou o funeral de Monroe e quem impediu que muitas figuras de Hollywood (e até o presidente norte-americano John F. Kennedy) marcassem presença nas cerimónias. Embora a família de DiMaggio desminta esta versão, o advogado de DiMaggio, Morris Engelberg, afirma que as últimas palavras deste foram: "Finalmente vou ver a Marilyn".
Adrien Brody também surge nas primeira imagens de "Blonde". O ator dá vida ao dramaturgo Arthur Miller, terceiro marido de Marilyn. O casal deu o nó em 1956 e divorciou-se em 1961, nove meses antes da morte da atriz, por alegada overdose de barbitúricos. O elenco do filme realizado pelo neozelandês Andrew Dominik inclui ainda nomes como Xavier Samuel como Charlie Chaplin, Julianne Nicholson como Gladys Pearl Baker, mãe de Marilyn Monroe, e Caspar Phillipson como John F. Kennedy, com quem a atriz teve um caso amoroso.
"Blonde" é baseado no romance homónimo de Joyce Carol Oates e é uma reinterpretação da vida da estrela de filmes como "Os Homens Preferem as Loiras", "Quanto Mais Quente Melhor" e "Os Inadaptados", centrando a narrativa na dualidade e no conflito entre a persona pública (Marilyn Monroe) e a mulher (Norma Jean).