Todos os filmes de "Star Wars", as 31 temporadas de "Os Simpsons", filmes Marvel e séries como "As Gárgulas". São só alguns dos conteúdos que vão chegar a Portugal assim que a Disney+ for lançada a 15 de setembro. Ainda que vá concorrer com a Netflix, a HBO e a Amazon Prime, a verdade é que a Disney+ se posiciona como um serviço para toda a família. Olhando para o catálogo, entretanto disponibilizado para empresa, não há como duvidar.
Vamos tentar não maçar com uma lista interminável de conteúdo, mas pode contar com todos os filmes originais da Disney, os mais recentes live-action (exceto o de "Mulan", que só chega a 4 de dezembro), o musical "Hamilton", a série de animação do "Homem-Aranha" e de "Timon e Pumba". Mas há mais. No total, diz a Disney, há em catálogo mais de 600 filmes, 100 séries e mil episódios.
Mas para que o serviço apele aos utilizadores e, em especial, às famílias, também é preciso que funcione bem. A MAGG esteve nos escritórios da Disney em Lisboa e experimentou a Disney+ em duas plataformas diferentes — numa Apple TV e num iPhone. O que encontrámos foi uma experiência intuitiva e que dificilmente trará problemas aos utilizadores.
Mostramos-lhe tudo o que precisa de saber sobre a Disney+ que está mesmo quase a chegar a Portugal.
Descomplicada e intuitiva, assim é a Disney+
Ainda que não tenhamos sido autorizados a recolher imagens da experiência, o método de funcionamento é relativamente simples de explicar. Assim que acede ao serviço, o que encontra no topo do ecrã é uma zona de destaque dinâmica e mutável consoante o contexto.
Por exemplo, é quase certo que, quando o serviço chegar a Portugal, esse grande destaque esteja ocupado com uma imagem de "The Mandalorian", uma das séries-bandeira do serviço por pertencer ao universo de "Star Wars", que vai sendo alternado com outras grandes produções do catálogo.
Imediatamente abaixo, pode escolher os vários catálogos disponíveis para a navegação. São eles referentes aos conteúdos Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic.
De cada vez que entrar num catálogo diferente, a lógica da página principal também se aplica aqui: um destaque dinâmico seguido depois de várias linhas e colunas com conteúdo para streaming. Uma vez no catálogo da Pixar, por exemplo, pode ser voltar à página principal com um simples clique. Notámos que, na troca de catálogos, há uma pequenina lentidão — mas nada de muito dramático que, aliás, não possa ser corrigida mais tarde com uma atualização.
Fora isso, toda a experiência decorreu sem lentidões ou erros chatos. Os menus, e respetivos submenus, não são densos porque as produções estão organizadas por categorias, mas também por recomendações face ao histórico de visualização dos utilizadores.
O facto de se tratar de uma aplicação polida e sem grandes problemas (embora no primeiro dia possa haver problemas de ligação devido à sobrecarga de acessos) pode justificar-se por ser uma adaptação daquelas que já estão em funcionamento noutros mercados aos quais o serviço chegou primeiro.
Conteúdos em alta resolução e dobragens localizadas
Consoante o tipo de conteúdo que escolher ver, pode contar com qualidade em Ultra HD 4K e HDR. Termos técnicos à parte, o que precisa de saber é que a imagem será sempre de boa qualidade, nítida e sem quebras a meio da visualização. E isto é válido tanto para conteúdo recente, como para produções mais antigas.
No que toca à língua na qual os conteúdos vão estar disponíveis, a empresa promete que tanto a legendagem como a dobragem vão ser localizadas. Isto significa que vai poder ver todo o tipo de filmes e séries e escolher se quer legendas ou vozes em português . No caso dos filmes da Disney como "O Rei Leão", por exemplo, as vozes serão as originais portuguesas.
Há, no entanto, exceções raras. Em "Hamilton", as legendas e as vozes vão estar disponíveis apenas em inglês uma vez que uma tradução poderia retirar o significado às expressões usadas no musical da Broadway.
Listas pessoas, muitos conteúdos extras e outras funcionalidades
Para quem é utilizador da Netflix, há funcionalidades sem as quais já se torna difícil viver. Uma delas é a possibilidade de desativar a reprodução automática dos trailers — especialmente se for daquelas pessoas que, regra geral, usa mais este tipo de serviços à noite. É que os trailers são barulhentos e, até ao momento em que a Netflix deu a possibilidade de os desativar, tocava sempre que o cursor passava por cima de uma série ou filme.
Na Disney+, os trailers só podem ser vistos se os utilizadores assim o entenderem. Para isso, basta carregarem num botão que mostra o trailer em ecrã inteiro, sobrepondo-se à plataforma. Pode também adicionar séries e filmes à sua lista pessoal para não se esquecer exatamente dos conteúdos que quiser ver mais tarde. À medida que for vendo, o algoritmo do serviço recomendar-lhe-á conteúdo semelhante ao que já viu.
Cada série ou filme tem, além disso, vários extras associados. Desde cenas cortadas, entrevistas ou reportagem de bastidores, há de tudo um pouco para garantir que a experiência sobre um determinado conteúdo não se limita ao início e ao fim de uma série ou filme.
Como se trata de um serviço indicado para toda a família, a Disney+ vai permitir criar até sete perfis de utilizadores. No entanto, só vai poder ter quatro sessões diferentes ativas ao mesmo tempo.
Em que plataformas vai estar disponível?
A Disney+ vai funcionar na maior parte das plataformas disponíveis em Portugal. Além do site oficial, vai ainda ser compatível com televisões LG e Samsung, bem como Android TV, Apple TV, Chromebook, Chromecast, Fire TV, PlayStation 4, Xbox One, iOS e Android.
O preço mensal é de 6,99€, enquanto que o valor anual está estipulado nos 69,99€. Até 14 de setembro há uma promoção em vigor, em que o plano anual passa a custar 59,99€.