Depois de se ter tornado num fenómeno em todo o mundo, a Netflix vai editar as imagens de "Squid Game" para apagar o número de telefone que surge no primeiro episódio e que pertence a um coreano que, desde que a série se estreou, passou a receber mais de 4 mil de chamadas por dia e outras milhares de mensagens.
A informação foi confirmada esta quarta-feira, 6 de outubro, pela própria Netflix e pela Siren Pictures, uma produtora da Coreia do Sul, responsável pelas gravações. "Em parceria com a produtora, estamos a trabalhar para resolver este assunto, incluindo a edição de cenas que mostrem o número de telefone", explicou a empresa de streaming num comunicado oficial, escreve o "The Verge", citando a agência Reuters.
O número em questão surge no primeiro episódio da série da Netflix, quando as personagens principais recebem um cartão de visita com um convite para participarem nos jogos sádicos e violentos com prémios milionários.
À medida que "Squid Game" foi surpreendendo até o CEO da Netflix, que antevê que a série ultrapasse produções como "Bridgerton" ou "La Casa de Papel" em números de visualizações, os fãs arriscaram ligar para o número de telefone que, sabe-se agora, é real. Pertence a um homem coreano que vive na província de Gyeonggi, e que desde que a série se estreou tem recebido mais de 4 mil chamadas por dia e outras milhares de mensagens. Os remetentes, explica, são pessoas que, estando a ver a série, dizem "querer participar nos jogos" que dão corpo à série da Netflix.
Apesar da quantidade de contactos que recebe por dia, muitas vezes feitos entre a uma e as três da manhã, este homem diz estar impossibilitado de trocar de número por estar diretamente associado à sua empresa. E diz-se ainda incapaz de viver a sua "vida normal", tendo já recorrido a comprimidos para dormir durante a noite.
O número da mulher, que é exatamente igual, à exceção do último dígito, também tem sido contactado por fãs da série.
Desde esta quarta-feira, no entanto, pelo menos o número que surge em "Squid Game" já foi desativado, escreve a Reuters.