"Anita na Quinta", publicado em 1954, marcou o início de uma saga literária que atravessou gerações. Criada pelos belgas Marcel Marlier (ilustrador) e Gilbert Delahaye (escritor), esta personagem (Martine, no original francês), viveu aventuras no campo, na cidade, aprendeu a andar de cavalo, de bicicleta, sempre na companhia do seu cãozinho Patapouf (Pantufa, na versão portuguesa), do gato Moustache, dos irmãos Jean e Alain e da amiga Nicole.
A última aventura da menina, "Martine e o Príncipe Misterioso", foi publicada em 2010, poucos meses antes da morte de um dos seus pais, Marcel Marlier, aos 80 anos. Ao todo, são 60 livros que retratam o dia a dia de uma criança de 10 anos, num mundo onde a guerra, a fome, e a maldade não existem. Depois, foram lançadas edições especiais, que misturam desenhos já existentes do catálogo de Marlier com imagens reais, caso de "Martine à Paris", lançado em 2024.
O universo criado por Marlier e Delahaye foi alvo, ao longo das décadas, de várias críticas, por retratar uma visão sexista e datada do universo feminino. Os livros de aventuras de Martine venderam, um pouco por todo o mundo, 100 milhões de exemplares e a menina teve o seu nome adaptado para várias línguas.
Se, em Portugal, Martine é Anita, nos Estados Unidos e no Reino Unido é Debbie. Nos Países Baixos é Tiny, na Islândia é Margrét, nas Eslovénia Marinka e na Suécia Mimmi.