Saiu apenas no passado mês de outubro nas livrarias portuguesas e já é um sucesso no nosso País - além de ser um claro fenómeno lá fora. “Os Dias em Que Mais te Amei”, da escritora norte-americana Amy Neff e publicado pela Porto Editora, é o próximo livro com um selo de “obrigatório” na estante lá de casa, onde não faltam personagens com atitude, muito drama, romance e diferentes pontos de vista, onde o objetivo é claro: a esperança é sempre a última a morrer, não só no livro como também para a escritora, que demorou 10 anos a finalizá-lo.
E este não é mesmo um típico romance com personagens jovens e o início de uma história de amor. Aqui, os leitores vão ficar a conhecer Evelyn e Joseph, que se apaixonaram no verão de 1941 e que, 60 anos depois, tomam uma decisão: dali a um ano, vão colocar um fim às suas vidas.
Isto porque Evelyn recebeu um diagnóstico incurável, e pretende morrer antes de se tornar num fardo para os outros. Joseph acredita não conseguir viver sem a companheira de vida, e decidem que preferem morrer juntos do que viverem sozinhos.
Com isto, os dois reúnem os seus três filhos para partilharem a notícia, e pretendem reconectar-se com cada um deles antes de colocarem um ponto final na sua história. Ao longo do livro, Evelyn e Joseph vão enfrentando juntos o seu destino, embarcando numa jornada para a concretização de todos os sonhos que ficaram por cumprir. Emocionante e capaz de deixar qualquer leitor à beira de um ataque de choro, “Os Dias em Que Mais te Amei” procura dar uma lição sobre como aqueles que nos criaram nos moldam para sempre, fazendo do envelhecimento a parte mais bonita da história.
O livro é, assim, como explica na sua sinopse, “um comovente tributo ao poder do amor, que nos lembra que mesmo nos momentos mais sombrios podemos encontrar esperança e beleza”. É a explicação de um luto e de uma doença, que promete colocar a família sempre em primeiro lugar, através de uma narrativa que salta no tempo para mostrar os vários pontos de vista de Evelyn e de Joseph. Desde a sua infância como vizinhos às tragédias que os distanciaram, passando pelo crescimento dos três filhos até à decisão de acabarem com a vida, o ideal é mesmo preparar-se para chorar quando pegar nesta obra.
E se a esperança é a última a morrer no livro, a esperança foi também a última a morrer para Amy Neff, que não após não por parte de editoras durante os últimos 10 anos. A escritora norte-americana confessou no seu Instagram que recebeu muitas cartas de rejeição “que poderia emoldurar”, mas que durante toda uma década lhe disseram que não existia mercado para o seu livro. “Cada carta que recebia fazia com que voltasse ao livro para reler as páginas e tentar torná-lo melhor, descobrir e tirar mais camadas, focando-me sempre no trabalho”, disse numa entrevista à Bloomsbury Publishing.
"Muito do que foi escrito foi moldado e revisto em sessões de escrita antes do amanhecer, enquanto estava grávida, com recém-nascidos ao colo e a captar gravações de voz enquanto empurrava carrinhos de bebé. O livro tem-me acompanhado em começos e perdas, casamento e bebés, rejeições e mais rejeições, e anos de esperança e fé e de trabalho. Estou muito feliz por poder partilhá-lo agora, depois de todo este tempo, com todos vós”, escreveu Amy Neff na rede social. Agora, com o livro publicado desde julho nos EUA, “Os Dias em Que Mais te Amei” já foi vendido para mais de 20 países, inclusive para Portugal.
O primeiro romance de Amy Neff está disponível no site da Porto Editora e custa 16,97€.