Um pai foi confrontado com um pedido inusitado. A professora do filho do homem de 38 anos pediu a este que tapasse braços e pernas de cada vez que fosse levar e buscar a criança à escola, de forma a cobrir as suas tatuagens. De acordo com a docente, as mesmas eram “desagradáveis” e violavam o código de vestuário da instituição de ensino.

O caso foi relatado pelo próprio no fórum Reddit. O homem, natural de Seattle, mudou-se recentemente com a mulher, de 36 anos, e o filho de 5 anos para uma pequena cidade no Texas, EUA, após herdarem a casa da avó, relata a revista "People".

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Segundo contou, o seu visual, com cabelo comprido e tatuagens espalhadas pelo corpo, não é comum na nova localidade e tem-lhe valido olhares e comentários. “Em Seattle era normal, mas aqui já percebi que não me enquadro muito”, escreveu.

O episódio aconteceu quando, pela primeira vez, ambos os pais foram deixar o filho à escola. Vestido com calções e uma camisola de alças, o homem diz ter notado de imediato o desconforto da professora, que acabou por lhe pedir que cobrisse as tatuagens em futuras visitas.

“Disse logo que não. Não sou aluno, por isso as regras não se aplicam a mim. E nenhuma das minhas tatuagens visíveis é ofensiva, a não ser que alguém ache a própria ideia de tatuagens ofensiva", respondeu.

Incomodado, o casal contactou a direção da escola para confirmar se a regra existia. Dias depois, reuniram-se com a diretora e a vice-diretora. Ficou esclarecido que o código de vestuário proíbe tatuagens para alunos e professores, mas não para pais ou encarregados de educação.

A direção reconheceu que a atitude da professora “não foi correta”, justificando-a com a sua falta de experiência. Ficou ainda acordado que o filho poderia ser transferido de turma se houvesse sinais de mau trato ou desconforto.

Apesar da resolução, o episódio fez a família ponderar uma mudança mais rápida da cidade. “Planeávamos ficar três anos, mas talvez saíamos antes do fim deste”, disse o pai, acrescentando que quer ser um exemplo para o filho sobre não ceder a pressões para “conformar-se” com expectativas alheias.

Nas redes sociais, a maioria dos comentários elogiou a sua postura. “Não existe razão para controlar o visual de um pai, desde que esteja vestido de forma adequada e respeitosa”, escreveu um utilizador. “O seu filho vai beneficiar de ter um pai que defende a sua individualidade, mesmo que isso incomode alguns", destacou outro.