Depois de mais dez edições, o concurso Go Top Model, da L’Agence, deu por terminada mais uma edição com o desfile final que anuncia os dois vencedores. O evento aconteceu esta terça-feira, 19 de setembro, no Colectivo 284, em Lisboa, e a MAGG acompanhou o pré, durante e pós deste grande momento para dezenas de futuros modelos.

Faltavam poucos minutos para as cinco da tarde quando chegámos ao espaço reservado para o desfile final – o evento estava marcado apenas para as 18h. Todos os anos e dependendo do tema do desfile, a localização do Go Top Model muda. Desta vez, foi no Colectivo 284, um armazém amplo e que se encontrava pintado com obras de arte espalhadas pelas paredes de betão.

Ao fundo, a cabine de DJ estava montada e os petiscos que seriam servidos mais tarde também já estavam quase prontos.

Entrámos silenciosamente e assistimos a parte do ensaio. Sentados na lateral estavam Paulo Gomes, diretor criativo, e os bookers da L’Agence, Luís Graça e Daniela Moura. Quando necessário, chamavam e corrigiam estes 20 jovens que, com idades compreendidas entre os 14 e os 22 anos, em julho, viram a sua vida mudar ligeiramente com a notícia de que estariam na final.

Mas como chegaram até aqui? Essa a pergunta para um milhão de euros. A história começou assim.

Os castings Go Top Model

A L’Agence está em Portugal desde 1988 e já formou e lançou dezenas de modelos no mercado nacional e internacional. O Go Top Model chegou um bocadinho mais tarde, em 2013. Trata-se de um concurso para encontrar e lançar novos rostos para o mundo da moda e, desde essa altura, acontece todos os anos.

“Abrimos as inscrições logo no início do ano e começamos a receber candidaturas nessa altura”, explicou Elsa Gervásio, diretora da L’Agence, em entrevista à MAGG. “Fomos fazendo uma triagem, através do formulário e das fotografias, e começámos a comunicar o casting. Em julho, fizemos os dois castings, a 6 e a 13, e vieram os que se candidataram através do formulário e outros”, continua.

Depois disto foi feita a seleção dos 20 finalistas. “Com que critérios?”, pode estar a perguntar-se. Ora, os impostos pela moda, explicou a diretora da L’Agence à MAGG.

“Analisamos a altura, que é extremamente importante, as medidas e a atitude, a fotogenia e a telogenia. Tentamos olhar para as tendências do mercado e transpor isso para a nossa avaliação.”

É desta seleção feita pela equipa da L’Agence que saem os 20 finalistas. E não, não se seguem mil passos e desafios. Daqui, saltam diretamente para o desfile final, o momento em que estivemos presentes, a 19 de setembro.

O derradeiro desfile final

Eram mais ou menos 17h50 quando os convidados e agenciados da L’Agence começaram a entrar no Colectivo 284. O desfile final não é só o momento de celebração dos dois vencedores, é também um evento de união, de partilha e de reencontro da agência de modelos — sobretudo, num ano em que celebram também os 10 anos do concurso.

L'Agence

“É o momento anual que nos permite estar com toda a equipa e com os agenciados que têm disponibilidade para vir ao evento. É um dia de confraternização também com parceiros e amigos.”

Entre os membros da família L’Agence que marcaram presença estavam Cláudia Vieira e Andreia Rodrigues. Em 2022, foi Cláudia Vieira quem apresentou a final do Go Top Model, este ano, Andreia Rodrigues foi a anfitriã.

Pelas 18h10 e com os convidados já todos instalados à volta da passerelle, a apresentadora caminhou até ao ponto central, deixou algumas palavras sobre a L’Agence, falou sobre os patrocinadores, RFM e El Corte Inglês, e anunciou o início. Enquanto os convidados esperavam ansiosamente pela saída do primeiro modelo, nos bastidores, os jovens aguardavam ansiosamente pela luz verde para seguirem.

Com algum nervosismo natural de quem está pela primeira vez a desfilar, os 20 futuros modelos atravessaram a passerelle três vezes sem nunca vacilar.

Os outfits

A primeira passagem foi com roupa neon – que brilhava no escuro da sala –, a segunda com outfits mais desportivos e a última com roupas prateadas e douradas. Os convidados, muitos deles ligados ao universo da moda em Portugal, teciam comentários e observavam com atenção.

Mas de onde vem a escolha destas roupas?, foi a pergunta que nos surgiu de imediato. A escolha dos outfits é feita por Paulo Gomes. Além de decorar o espaço, o criativo pensa nos outfits. Tudo em sintonia com o tema da edição: uma mistura de arte e de moda para acompanhar “um bocadinho a tendência internacional”, explicou Elsa Gervásio à MAGG.

Mas não foi esta a única mudança no Go Top Model. Ao contrário do que tinha sido feito nas edições anteriores, a L’Agence optou, pela primeira vez, por não ter um painel de jurados. O que é que isto significa? Que a decisão dos vencedores foi feita internamente.

“Isto é um concurso da L’Agence e eu acho importante que seja a L’Agence a decidir e a escolher. Nós sabemos o que procuramos. Faz mais sentido sermos nós a decidir quem é que vence”, explicou a diretora da L’Agence.

Os vencedores do Go Top Model

Depois de alguns minutos de aplausos e de umas palavras de Elsa Gervásio, os vencedores foram anunciados. António Andrade e Luana Moreira são os dois jovens que se destacaram no desfile final do Go Top Model e que, por isso, venceram esta edição.

Em entrevista à MAGG explicaram que a participação no programa foi impulsionada por familiares. “A minha irmã participou no ano passado, este ano, convenceu-me a participar”, explica o jovem modelo. “A minha família também sempre me incentivou e diziam que eu tinha jeito. Decidi arriscar”, acrescentou Luana Moreira.

Da participação no Go Top Model levam a experiência e “mais confiança”, confessou a vencedora.

O futuro destes jovens

Quanto aos outros 18 participantes, a história não muda muito. É que apesar de serem eleitos dois vencedores, nada será diferente com os restantes jovens.

“Isto é um concurso e temos de ter um vencedor e uma vencedora, mas o que é realmente importante para nós é o grupo. Este conjunto de caras novas que vão ser as nova caras da L’Agence. Nós vamos trabalhar com eles em grupo.

Até porque, confessa Elsa Gervásio, “muitas vezes nem são os vencedores que depois trabalham mais e que tem mais sucesso.”

L'Agence

O futuro e a carreira estão nas mãos de cada um e depende da forma como o percurso for correndo. “Com a progressão do trabalho e com a forma como vão tendo disponibilidade, a forma como se vão comportando nos trabalhos e o feedback que vamos tendo dos clientes é que vamos percebendo se têm ou não potencial, se faz sentido avançarmos com uma tentativa internacional.”

E remata a diretora, “é toda uma aprendizagem nossa e deles e nossa com eles.”

Saiba mais sobre o L’Agence Go Top Model no site oficial do concurso.