Os acessórios fazem qualquer look. Até pode optar por um outfit mais simples, mas se caprichar nuns brincos ou numa bandolete, vai arrasar de certeza. Tal acontece para o dia-a-dia, mas também para cerimónias e eventos especiais. Catarina Martins, 35 anos, de Vila das Aves, em Santo Tirso, fundou o projeto Flowerest, que combina duas das suas paixões, acessórios e flores secas.
Em entrevista à MAGG, conta que esta paixão surgiu por causa da mãe, que era florista. “Eu sempre gostei muito da parte das flores, só que sentia que existia muito desperdício. Então sempre me fascinou mais a parte das flores secas, porque tem muito mais durabilidade e é possível fazer na mesma conjugações bonitas”, diz, referindo que a Flowerest é apenas um part-time e que trabalha como assistente social.
O projeto surgiu durante a pandemia COVID-19, numa altura em que o negócio da mãe “já não estava a ter tanta saída” e que Catarina estava a enfrentar uma fase conturbada. “Ela pediu-me ajuda para divulgarmos a loja de forma diferente, então surgiram os ganchos. E foi a partir daí que eu comecei a fazer os trabalhos com flores secas. Eu nesse momento estava a passar por uma depressão pós-parto do meu segundo filho e estava de licença de maternidade em casa”, explica. “Foi uma forma de me ajudar a dar-me alguns objetivos para ver se eu ficava com outro alento”, garante. Nesta altura, criou então a Flowerest “em parceria” com a sua mãe, antes de esta fechar a loja.
A ideia do projeto Flowerest surgiu devido a uma outra “paixão”: “os acessórios”. “Decidi juntar o útil ao agradável”, explica. O estilo dos seus artigos, todos decorados à mão pela fundadora, é “mais rústico” e “boho”. Na marca, pode encontrar “brincos, bandoletes, toucados, ganchos, pingentes, anéis e chapéus”. Para batizados, Catarina também personaliza “velas e conchas”.
A sustentabilidade sempre foi uma preocupação para a fundadora. “A minha mãe trabalhava com flores naturais e eu via que existia mesmo muito desperdício ao final de um dia de trabalho. Muitas das flores iam para o lixo. Já as flores secas duram imenso tempo”, refere.
As flores que Catarina utiliza nos acessórios são compradas “já secas e preservadas”. “Eu não trabalho com flores naturais nem faço a secagem da flor. Eu compro-a já pronta para atacar, digamos assim”, diz.
A fundadora explica também o processo de realização dos acessórios. “Geralmente, eu faço o meu trabalho de criatividade e artístico, faço também muita pesquisa para me inspirar, e depois tento confecionar [o artigo] com as flores que tenho”, diz.
Na marca, os artigos também podem ser personalizados ao gosto da cliente. “Muitas das vezes também são as clientes que me pedem algo personalizado e explicam-me como é que pretendem determinado acessório e eu tento confecioná-lo da forma como elas idealizaram. Aliás, já houve uma noiva que idealizou uns brincos de determinada maneira, o desenho, o croqui, e eu tentei reproduzir aquilo que ela idealizava para o casamento dela para se poder sentir diferente e única”, conta.
Os acessórios da Flowerest costumam ser escolhidos “mais para eventos festivos”, por “noivas, convidadas e madrinhas”. No dia-a-dia também há quem use os artigos, “num momento em que alguém se queira destacar de alguma maneira”. “São pessoas mais arrojadas ou que se querem destacar com algum elemento no seu look ou num outfit mais casual”, diz.
Os artigos da Flowerest estão disponíveis, “de momento”, apenas na conta de Instagram, e o catálogo está no site. “Alguns dos acessórios têm o preço, porque está tabelado o valor, mas se for um acessório personalizado eu dou um intervalo de preços quando as pessoas entram em contacto comigo, e fazemos de acordo com o orçamento que eles pretendem disponibilizar”, explica.