Numa era em que o luxo discreto não quer arredar pé das tendências, há uma marca que acaba de abrir portas na capital e que se afigura como o paraíso dos fãs de um estilo minimalista e intemporal. Estamos a falar da Lucky Simon's, uma startup de moda que abriu uma loja pitoresca na Rua da Madalena, em Lisboa.

Desde a sua abertura, na reta final do ano passado, a 11 de dezembro, a marca já tem conseguido conquistar tanto os locais, como os estrangeiros que por lá passam, não estivesse o espaço situado num dos pontos mais turísticos da cidade, junto ao Chiado. E a verdade é que o conceito foi todo projetado para fazer com que os clientes se sintam em casa.

À entrada da loja, a coleção feminina ocupa o lado direito, enquanto a masculina, apesar de ter menos peças, chama a atenção dos clientes com os bestsellers em fazenda. Os preços variam entre 100€ e 300€ – e o melhor de tudo é que a produção e confeção é está dividida entre Portugal e Itália, pelo que a boa qualidade fica garantida.

Andrêa Franco, diretora criativa e designer principal da Lucky Simon's, diz que o ADN da marca foi concebido já sob a sua alçada, destacando o compromisso com a produção nacional. "É tudo feito de raiz em Portugal. É desenhado, é desenvolvido e é confecionado também, em grande parte, em Portugal", afirma a designer, à MAGG – aliás, até a ideia desta marca surgiu no País.

Espreite a loja.

"A Lucky Simon's é uma startup, cuja ideia surgiu em Portugal em outubro de 2022. A empresa foi criada nessa altura e, a partir daí, começou a desenvolver-se o conceito, o nome da marca", diz a responsável. Contudo, a fundação foi levada a cabo por um grupo de investidores brasileiros, "que, apesar de não terem ligações à moda, tinham o sonho de construir uma marca" – e foi a linha masculina que fez o projeto descolar.

Desde a entrada de Andrêa Franco, em fevereiro de 2023, a marca começou a expandir-se e o paradigma mudou. As peças masculinas continuam a dar o ar da sua graça, mas a Lucky Simon's também apostou todas as fichas no mercado feminino – tanto assim é que, atualmente, a tendência inverteu-se e é uma marca que conta com uma oferta maior para as mulheres.

Mas quer seja para homens ou mulheres, o objetivo é o mesmo: que as peças sejam intemporais. A máxima da etiqueta é "wear your legacy", algo que deixa patente o desejo de que as peças sejam passadas de geração em geração. Isto é possível, segundo a diretora criativa, graças "à qualidade dos materiais e aos designs", que se regem pelo minimalismo e a versatilidade.

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Por sua vez, isto faz com que a Lucky Simon's seja adepta da sustentabilidade. Além de apenas lançarem coleções cápsula, das quais nascem entre 20 a 50 peças, utilizam "o mesmo tecido em várias criações". "A própria modelação é feita de forma a que não exista excedente. Enquanto não finalizarmos o rolo de um tecido, não passamos para outra peça", assegura a responsável.

Mas a bandeira ecológica não se fica por aqui. "A sustentabilidade também fica assegurada pelo facto de trabalharmos com fornecedores locais, pelo que não temos de importar os tecidos e transportá-los até Portugal. Também não fazemos estampagem ou tingimento fora do País", frisa Andrêa Franco, acrescentando que os turistas aderem por todas estas razões.

"O interesse dos estrangeiros tem tudo que ver com a relação preço/qualidade e o facto de ser tudo feito em Portugal", confessa a responsável, acrescentando que estes têm a convicção de que, fora do País, as peças seriam vendidas por valores muito mais elevados. "O feedback que os turistas nos dão é que é um preço bom para a qualidade que tem", assegura.

E é precisamente no mercado internacional de a Lucky Simon's está de olhos postos. Além da loja no coração da capital portuguesa, a marca tem já mais duas aberturas previstas: uma em Londres, em meados de 2024, que deverá levar o projeto além-fronteiras, e outra no Porto, que deverá surgir mais tarde.

Espreite algumas peças.