Grande noite ontem, hein? Pois, não sabemos a que velocidade é que vai ser capaz de processar a informação deste artigo, mas tudo faremos para que não queime nenhum fusível. Nós sabemos: a vida hoje não está nada fácil. Concentre-se no dia de amanhã, ele chegará. Adiante.

Um estudo realizado pela Melbourne Swinburne University of Technology, na Austrália, publicado na National Center for Biotechnology, em abril, provou que há mesmo uma relação entre o excesso de álcool e o baixo desempenho cognitivo. É oficial: as ressacas tornam-no mais lento, ao afetarem a sua atividade cerebral.

De acordo com os investigadores, a memória é um dos processos afetados pelo excesso de farra, sendo que até a capacidade de conduzir no dia seguinte fica afetada.

No estudo, foram envolvidas 100 pessoas, que sopraram no balão depois de uma noite em Brisbane, na Austrália. Com graus de ressaca diferentes, os mesmos participantes foram entrevistados no dia seguinte, tendo-lhes sido pedido que preenchessem um inquérito e fizessem um teste cognitivo, onde se mediu o desempenho do cérebro, analisando, em particular, a memória e função executiva.

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Vamos a resultados. As pessoas que tinham uma concentração de álcool superior na noite anterior foram as que demoraram mais tempo a realizar o teste, comparativamente às pessoas que estiveram sóbrias.

“Quanto mais álcool consumido, pior a ressaca e pior o desempenho do cérebro”, diz Sarah Benson, que liderou a investigação, citada pelo “Daily Mail.” As ressacas são ainda uma zona cinzenta, com muitos aspetos e mecanismos por perceber. Mas é certo que “têm efeitos negativos enorme sobre as atividades do dia a dia”, acrescenta.

“O nosso estudo prova que as ressacas reduzem a capacidade de as pessoas conseguirem executar tarefas complexas e, portanto, a capacidade para conduzir, estudar, trabalhar ficam comprometidas.”