Uma nova investigação do National Institutes of Health (NIH), agência federal norte-americana de investigação médica, revela que a humidade criada pela respiração ao usar máscaras de proteção pode ajudar a combater doenças respiratórias como a COVID-19, uma vez que o ar húmido inalado beneficia o sistema imunológico.

"Descobrimos que as máscaras aumentam muito a humidade do ar inalado e admitimos que a hidratação do trato respiratório daí resultante pode ser responsável pela descoberta já documentada que associa a menor gravidade da doença COVID-19 ao uso de máscara", explica Adriaan Bax, investigador do NIH e autor principal do estudo publicado a 11 de fevereiro na revista cientifica Biophysical Journal.

Segundo o investigador, a eficácia da humidade dentro das máscaras contra a gravidade da COVID-19 também se aplica à gripe. Desde o início do uso generalizado das máscaras que todos notamos a criação de um ar húmido dentro destas, mas ainda nunca tinha sido alvo de um estudo — até ao momento. "O aumento do nível de humidade é algo que a maioria dos utilizadores de máscaras provavelmente sentiu sem ser capaz de reconhecer que essa humidade pode realmente ser benéfica", acrescentou Adriaan Bax.

A investigação baseou-se na análise de quatro tipos de máscaras — uma máscara N95, uma máscara cirúrgica descartável de três camadas, uma máscara de algodão e poliéster de duas camadas e uma máscara de algodão pesado — nas quais foi medido o nível de humidade produzida pela respiração. Através deste método, foi possível concluir que em todas houve um aumento do nível do ar inspirado, embora em graus variáveis.

Estas variantes dizem respeito a ambientes de temperaturas mais baixas, em que se registou um aumento dos níveis de humidade em todas as máscaras, e em ambientes de temperaturas ensaiadas a máscara de algodão grosso produziu um nível de humidade mais elevado.

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Assim, pessoas com a doença provada pelo vírus da SARS-CoV-2 podem sofrer menos com os sintomas provocados pela doença se tiverem usado máscara, por isso mesmo os autores do estudo deixam um alerta.

"Esta investigação reforça a importância do uso de máscara como uma forma simples, mas eficaz, de proteger as pessoas à nossa volta e de nos protegermos contra infeções respiratórias, especialmente durante estes meses de inverno, quando a suscetibilidade a estes vírus aumenta", disse o diretor do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK), Griffin P. Rodgers, instituto que apoiou a investigação, reforçando que não devemos baixar a guardar com o facto de a vacinação já estar em curso.

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